Suprema Corte dos EUA deve derrubar direito ao aborto; veja como empresas lidam com o tema

Ativistas pró-escolha fazem protestos na Suprema Corte em Washington, DC, no dia 2 de maio Foto: STEFANI REYNOLDS / AFP
Com informações do Infoglobo

WASHINGTON — O vazamento do rascunho de uma decisão da Suprema Corte americana que poderá rever uma decisão de 1973 que estabeleceu o aborto como um direito constitucional nos EUA para gestações entre 22 e 24 semanas levou a protestos no país e causou indignação entre parlamentares.

A notícia foi publicada na segunda-feira, no site Político. O tema é de interesse também para as grandes empresas americanas, já que muitas delas têm adotado políticas de apoio a funcionárias que desejam abortar.

Quando o estado do Texas, no ano passado, proibiu o aborto para gestações após a marca de seis semanas, várias empresas se posicionaram contra a medida, alertando que isso tornaria mais difícil atrair profissionais talentosas para seus escritórios nos estados.

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E muitos gigantes do mundo corporativo nos EUA, como Apple, Amazon, Uber e Citigroup, adotaram políticas para apoiar funcionárias que desejam abortar, como o pagamento dos custos de viagens para estados em que a prática é legal.

Veja, abaixo, como as principais empresas americanas lidam com o tema:

Citigroup

O banco com sede em Nova York é comandado por uma mulher, Jane Fraser, a primeira executiva no cargo de CEO da história do Citigroup. Com 8.500 funcionários no Texas, a empresa foi uma das primeiras a nunciar que cobriria os custos de viagem das empregadas que buscam abortos.

Amazon e o aborto

A Amazon anunciou que pagará as despesas de viagem anualmente para “tratamentos médicos sem risco de vida, incluindo abortos” a funcionárias da empresa que tiverem de sair de seu estado para realizar tais procedimentos.

Segunda maior empregadora dos Estados Unidos, a empresa informou que pagará às suas funcionárias até US$ 4.000 para ajudar nos custeios dos procedimentos.

Match

A empresa controladora de aplicativos de namoro com sede em Dallas, incluindo Tinder e OkCupid, criou um fundo para apoiar a equipe depois que a proibição quase total do aborto no Texas entrou em vigor no final de 2021.

A CEO Shar Dubey descreveu a proibição como “tão regressiva à causa dos direitos das mulheres que me senti compelida a falar publicamente sobre minhas opiniões pessoais”. O fundo criado pela empresa visa cobrir os custos de funcionárias e dependentes que precisam procurar atendimento fora do Texas. O aplicativo de namoro rival, Bumble, criou um fundo semelhante.

O aborto e o Yelp

Com mais de 4.000 trabalhadores nos EUA, o Yelp lançará no próximo mês um novo benefício de viagem que “permite que os funcionários dos EUA e seus dependentes tenham acesso equitativo a cuidados reprodutivos, independentemente de onde morem”. Uma pessoa familiarizada com o assunto disse que o benefício, anunciado antes do rascunho da decisão, seria oferecido por meio da seguradora da empresa.

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