‘SUS na Floresta’ e ‘Novo Fundo Amazônia’ são planos defendidos por amazonenses em reunião com Mourão
30 de julho de 2020
Encontro entre representantes do Amazonas e o presidente da Comissão da Amazônia, podem render um novo capítulo na relação entre a região e o governo federal (Reprodução/FAS)
Mencius Melo – da Revista Cenarium
MANAUS/BRASÍLIA – “Muito produtivo” assim definiu o deputado federal, Marcelo Ramos (PL-AM), sobre o encontro realizado nesta quarta-feira, 29, com o vice-presidente da República e atual presidente da Comissão da Amazônia, Hamilton Mourão, em conjunto com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS).
Ativos da Amazônia podem se constituir na melhor alternativa econômica tendo como ponte, a experiência do Polo Industrial de Manaus (Reprodução/Internet)
O encontro que aconteceu na capital amazonense, foi uma prévia dos debates futuros que prometem aquecer as discussões sobre o maior bioma brasileiro. Segundo Marcelo Ramos, foram quatro temas abordados com Mourão: O apelo ao Novo Fundo Amazônia, o comprometimento em ouvir as Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam na região, recorte na Reforma Tributária e a implantação do projeto de Sistema Único de Saúde (SUS) na Floresta.
“Foi uma reunião positiva onde apresentamos a necessidade de reconfiguração do ‘Fundo Amazônia’, que ao ser anulado, deixou um vácuo que resultou nessa situação alarmante que estamos acompanhando”, observou. Apresentamos ao vice-presidente a necessidade de abrir diálogo com o terceiro setor, ou seja, é hora de conversar com as ONG’s que atuam na região amazônica, no que ele se comprometeu a reunir o mais breve possível, em Manaus”, destacou.
Estavam presentes no encontro, o general Hamilton Mourão da Comissão da Amazônia, Virgílio Viana da FAS, Marcelo Ramos deputado federal e ainda o superintendente de Inovação e Desenvolvimento Institucional da FAS, Victor Salviati.
SUS e Reforma
Outros dois pontos foram destacados pelo parlamentar que podem gerar discussões. Um dele é o ‘SUS na Floresta’ e o outro, a inclusão da Amazônia na reforma tributária. Para Marcelo Ramos, é importante entender a vocação bioeconômica da região dentro de uma perspectiva de mercado.
Levar saúde via SUS às comunidades ribeirinhas é um desafia a ser vencido pelo governo federal (Reprodução/FAS)
“É preciso entender a necessidade de um recorte na Reforma Tributária, aproveitando a experiência do polo industrial de Manaus, para que possamos investir nos ativos da floresta, para através da biotecnologia, criarmos um polo voltado a explorar a biodiversidade da região”, acrescentou.
Outro tema fundamental diz respeito à saúde das populações amazônicas. E segundo o parlamentar, é preciso uma nova perspectiva do sistema de saúde para os povos da floresta.
“Quando um agente do SUS vai à periferia de uma grande cidade, ele receita o morador e em seguida esse comunitário vai ao posto de saúde ou a farmácia e lá, recebe atendimento ou compra o remédio, mas, como faz o morador ribeirinho que não tem esses arranjos próximos?”, questionou Ramos.
“Por isso a ideia do ‘SUS na Floresta’, para que o SUS dialogue com esses povos e entenda suas realidades. É preciso chegar a essas comunidades e entender inclusive, suas práticas do conhecimento curativo tradicional, aliando-o ao conhecimento e experiencia dos agentes do SUS”, sustentou o parlamentar.
Destravar e fortalecer
O superintendente geral da FAS, Virgílio Viana, também presente no encontro comentou sobre os objetivos. “É muito importante destravar e fortalecer os projetos apoiados pelo Fundo Amazônia, que incluem órgãos dos governos federal, estaduais e municipais, academia e organizações da sociedade civil”, argumentou.
Para Viana, a situação exige vigilância para desenvolver novos projetos estruturantes de combate aos crimes relacionados, direta ou indiretamente, ao desmatamento e queimadas.
“Existe um grande número de organizações do terceiro setor com profundo conhecimento teórico e prático sobre as alternativas mais eficazes e eficientes para vencer esse desafio. Temos forte convicção de que a grande maioria das instituições da sociedade civil comunga da visão de que o desmatamento e as queimadas ilegais são contra o interesse nacional”, finalizou Virgílio Viana.
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