Suspeita de triplo homicídio contra indígenas é presa em MS


Por: Cenarium*

01 de abril de 2025
Suspeita de triplo homicídio contra indígenas é presa em MS
A Polícia Civil descartou que a motivação do crime tenha sido por conflito agrário (Reprodução/Polícia Civil)

MANAUS (AM) – Uma mulher identificada como Oragilda Batista Fernandes, de 29 anos, foi presa na segunda-feira, 31, suspeita de triplo homicídio contra três indígenas na área de retomada Avaeté Mirim, situada na região rural de Dourados, no Mato Grosso do Sul. A informação foi confirmada pelo delegado Erasmo Cuba, da Polícia Civil do Estado, responsável pelo caso.

Segundo o delegado, as vítimas que foram encontradas carbonizadas são: Fabiana Benites Amarilha, de 36 anos, uma idosa, inicialmente identificada como Liria Isnarede Batista, e uma criança de apenas um ano de idade.

Ele afirmou que a motivação do triplo homicídio foi o excesso de consumo de álcool que resultou em desentendimentos e nos assassinatos, e descartou que a motivação fosse por questões de demarcação de terra. O delegado também disse que a Polícia Civil ouviu uma testemunha que contou detalhes dos fatos.

“A testemunha confirmou a agressão e disse que a criança foi asfixiada e colocada no local onde, após a suspeita agredir a idosa, invadiu a casa e ateou fogo com produto inflamável. A outra mulher de 36 anos, que era a mãe da criança, já estava no local embriagada enquanto dormia. A idosa e a criança teriam sido agredidas e queimadas ali naquele local”, disse o delegado acrescentando que o fato a suspeita foi conduzida para prestar depoimento e que ficará à disposição da Justiça.

O local onde os corpos foram encontrados ficou totalmente destruído e onde a Polícia Civil encontrou os itens pessoais das vítimas (Reprodução/Assembleia Geral do povo Kaiowá e Guarani)
Área reivindicada

aldeia onde o crime ocorreu está situada em uma área reivindicada por povos originários, mas que sofre por conflitos históricos com proprietários rurais pela posse das terras. Os corpos das três vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Dourados, que fica a cerca de 230 quilômetros (km) de Campo Grande.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, utilizou as redes sociais para lamentar o ocorrido afirmar que a pasta está investigando o assunto.

O Ministério dos Povos Indígenas acompanha o triste caso de indígenas carbonizados na Tekoha Avaeté I (Dourados/MS). Uma equipe do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas se desloca até o local hoje para articular medidas entre comunidade e órgãos responsáveis”, escreveu a ministra no “X”.

Leia mais: PF explica linhas de investigação contra incêndios no País

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