Suspeito de envolvimento nas mortes de jornalista e indigenista tem prisão temporária decretada pela Justiça do AM

Bruno Pereira (à esq) e Dom Phillips foram mortos no ano passado (Reprodução)
Eduardo Figueiredo – Da Revista Cenarium

MANAUS – Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, teve a prisão temporária decretada pela Justiça do Amazonas, na tarde deste sábado, 18, após passar por audiência de custódia, em Atalaia do Norte, interior do Estado. O homem foi preso por suspeita de participação nas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.

A decisão é da juíza Jacinta Silva dos Santos, titular da Comarca de Atalaia do Norte, que determinou a prisão temporária por 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 30 dias. A audiência de custódia foi realizada de forma híbrida – com a juíza, o investigado e o promotor de Justiça Elanderson Lima Duarte, participando, presencialmente, no Fórum de Atalaia do Norte; com a defensora pública Jéssica Cristina Melo Matos, que assistiu o investigado, participando por videoconferência.

Na sexta-feira, 17, foi expedido um mandado de prisão, pela Justiça do Amazonas, para Jeferson da Silva Lima, e na manhã deste sábado, o Comitê de Crise, coordenado pela Polícia Federal (PF), informou a prisão do suspeito. Outros dois suspeitos, os irmãos Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, e Oseney da Costa de Oliveira, também já tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça.

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Perícia

Ainda na manhã deste sábado, a PF confirmou que os remanescentes de Bruno Pereira fazem parte do material que passa por perícia no Instituto Nacional de Criminalística (INC). A confirmação foi feita com base no exame de Odontologia Legal (arcada dentária).

Na sexta-feira, foi confirmada a identificação de remanescentes do jornalista Dom Phillips, por exame papiloscópico (impressões digitais), em complementação à identificação prévia por odontologia legal, combinada com antropologia forense.

Em nota enviada, a Polícia Federal descartou a possibilidade da presença de outros indivíduos em meio ao material que passa por exames.

Causas da morte

O exame médico-legal, realizado pelos peritos da PF, indica que a morte do jornalista foi causada por traumatismo toracoabdominal, por disparo de arma de fogo, com munição típica de caça, com múltiplos balins, ocasionando lesões, principalmente, sediadas na região abdominal e torácica.

Já o indigenista Bruno Pereira foi assassinado com dois tiros no tórax e um no rosto. A causa da morte foi traumatismo toracoabdominal e craniano, por disparos de arma de fogo, com munição típica de caça, com múltiplos balins, que ocasionaram lesões sediadas no tórax/abdômen e face/crânio.

Os trabalhos dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística, nos próximos dias, serão concentrados nos exames de Genética Forense, Antropologia Forense e métodos complementares de Medicina Legal, para identificação completa dos “remanescentes humanos” e compreensão da dinâmica dos eventos.

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