Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium
MANAUS – O grande número de pessoas ocupadas atuando de forma informal no Amazonas impôs a queda de 9,7% do Produto Interno Bruno (PIB) brasileiro no segundo trimestre de 2020, em relação aos três meses anteriores. O declínio é considerado histórico e é resultado das medidas restritivas causadas pela pandemia da Covid-19 no País.
Segundo o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, com o recolhimento social, o comércio não essencial fechou e a indústria teve que reduzir seus quadros de funcionários, pois começou a acumular produtos não essenciais fabricados no Estado.
No Brasil, como divulgado pela REVISTA CENARIUM, o Amazonas tem a terceira maior taxa de informalidade da população ocupada no segundo trimestre de 2020, com 55%. Somente os Estados do Pará (56,4%) e Maranhão (55,6%), respectivamente, estão à frente.
A queda de 12,5% no consumo das famílias, em todo o País, trouxe à tona o estado de pobreza no Brasil. Conforme Azevedo, Manaus experimentou o crescimento da vulnerabilidade social e as estimativas mais otimistas calculam aproximadamente dois anos para a retomada do ritmo normal da economia antes da pandemia.
“Não é que as pessoas deixaram de ir ao supermercado, elas deixaram de comer, porque não tinham dinheiro. Quem vive na informalidade não tem salário. Manaus experimentou o crescimento da vulnerabilidade social. As indústrias se reuniram para coletar e distribuir alimentos. Foram coletados e entregues 240 toneladas de alimentos”, disse a Fieam.
Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o consumo das famílias não caiu mais devido a programas de apoio financeiro do Governo Federal, apesar do recuo de 15,4% nos investimentos públicos e privados na economia brasileira.
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