Técnico que agrediu árbitra com cabeçada é denunciado por cinco infrações

Técnico Rafael Soriano foi desligado do Desportiva Ferroviária-ES após ele agredir, com uma cabeçada, a assistente de arbitragem Marcielly Netto (Thiago Alencar/Cenarium)
Com informações do Infoglobo

MANAUS – A Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Espírito Santo denunciou, nessa quinta-feira, 15, o técnico Rafael Soriano em cinco artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). No domingo, 10, ele agrediu a árbitra assistente Marcielly Netto com uma cabeçada durante o intervalo da partida entre sua equipe, a Desportiva Ferroviária, contra o Nova Venécia pelo Campeonato Capixaba. Após a agressão, ele foi demitido e suspendo preventivamente por 30 dias.

Soriano foi denunciado pela procuradoria nos seguintes artigos, que podem lhe render uma suspensão de até dois anos:

254-A, parágrafo 1º, Inciso I e parágrafo 2º, que tratam sobre agressão física durante partida com o desferimento de forma dolosa de soco, cotovela, cabeçada ou golpe similar. O caso é agravado caso haja laudo médico.

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258-B, que trata sobre invasão de local destinado à equipe de arbitragem 

253-F, que é sobre ofender alguém sua honra

258 parágrafo 2º, Inciso II, que legisla sobre conduta contrária à disciplina e ética desportiva

243-G. Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência

Por conta dos feriados desta semana, não foi possível realizar a citação do técnico denunciado a tempo de uma possível sessão até terça-feira, dia 19. Além disso, também há feriados na próxima semana. Com isso, as citações devem ser feitas na segunda-feira, dia 18, e o processo só deve ser julgado na semana seguinte, provavelmente no dia 26 numa comissão disciplinar.

Na sequência, Soriano poderá recorrer ao plenário do TJD do Espirito Santo, e posteriormente no do STJD.

Relembre o caso 

Segundo a súmula da partida, assinada pelo árbitro Arthur Rabelo, após o fim do primeiro tempo, o treinador invadiu o campo e foi em direção a equipe de arbitragem. O técnico teria dito as seguintes palavras a ele: “Você está de sacanagem porra, foi pênalti ali e você não marcou, você acabou o jogo no escanteio caralho, você não pode fazer isso”.

O árbitro continuou o relato afirmando que deu um passo para trás para puxar o cartão vermelho. E que a assistente Marcielly pediu calma e ouviu: “Tira a mão de mim, só porque é mulher vai ficar me encostando, vai se f…”.

Marcielly teria pedido a expulsão do treinador. Neste momento, ele partiu em direção da árbitra e lhe acertou uma cabeçada, sendo contido pelo outro assistente, Márcio Berger, e também pelos jogadores de sua equipe.

Ainda de acordo com a súmula, o treinador teria negado a agressão e afirmou que a árbitra estava fingindo. Foi registrado um boletim de ocorrência contra ele.

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