‘Temos 800 mil seringas para quando as doses chegarem’, diz governador do AM em entrevista à CNN Brasil

Em entrevista à rede nacional, Wilson Lima relatou os problemas e soluções que seu gabinete busca para contornar a crise provocada pela pandemia (Reprodução/CNN Brasil)

Mencius Melo – Da Revista Cenarium

MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), concedeu uma rápida entrevista na tarde desta quarta-feira, 6, à CNN Brasil. Direto de Brasília onde está articulando a vinda do ministro da saúde Eduardo Pazuello e equipe a Manaus. Junto a Pazuello, Wilson Lima pleiteia um robusto pacote de apoio ao Estado do Amazonas que entrou na ‘fase roxa’ da contaminação pela Covid-19.

Durante pouco mais de oito minutos, Wilson Lima discorreu sobre os temas indagados pela equipe de âncoras da CNN Brasil. Entre as perguntas formuladas pelos jornalistas, uma delas foi direcionada às maiores dificuldades por qual passa o estado durante o alarmante aumento de casos de contaminação pela Covid-19. “Nosso maior problema é o RH”, declarou o governador.

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“Nós precisamos de médicos intensivistas e também de enfermeiros intensivistas. Eu já tenho 60 leitos de UTI que estão prontos e precisam de profissionais para que eles possam ser ativados. Estamos correndo contra o tempo, estamos contratando e buscando todas as alternativas inclusive junto as empresas médicas do Amazonas para termos profissionais, inclusive em uma de nossas unidades temos profissionais de Goiânia”, explicou Wilson Lima.

Encontro em Brasília

A âncora da CNN Brasil Roberta Russo indagou sobre o resultado da reunião com o ministro Pazuello.  “Vim pleitear para que aumente o socorro ao Estado do Amazonas, estamos no período chuvoso e isso aumenta ainda mais a pressão sobre o sistema de saúde pública por conta das síndromes respiratórias, por isso temos que ampliar a nossa capacidade de atendimento. Vamos receber 78 respiradores com mais 78 monitores nas próximas 78 horas”, informou Lima.

A reportagem também abordou sobre o período de uma possível vacinação. “A perspectiva que o ministro me deu é que se tudo andar dentro do previsto, até o dia 20 de janeiro deverá começar a distribuição em todo país inclusive para o Estado do Amazonas. Pedi prioridade porque o Amazonas tem problemas logísticos, existem comunidades por exemplo, em que a vacina levará de 10 a 15 dias para chegar”, observou.

Questionado sobre outras medidas caso os números não parem de subir. “Tomamos providencias para combater as festas clandestinas e lancei um pacote para ajudar o comércio de R$140 milhões. Tudo para evitar aglomerações. Nossos profissionais estão exaustos, muitos deles dobrando a carga horária fora o desgaste emocional de quem está na ponta do combate ao coronavírus”, detalhou.

“Estamos buscando parceiros, buscando alternativas junto ao polo industrial de Manaus, por exemplo. Temos, graças a Deus, um estoque de seringa de 800 mil unidades para quando as doses chegarem. Estamos fazendo um trabalho de contingenciamento. São essas ações que estamos coordenando no Amazonas. O nosso trabalho é para salvar vidas e evitar que covas sejam abertas”, finalizou Wilson Lima.      

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