‘Temos várias linhas investigativas’, afirma delegado do caso de servidora federal encontrada morta em Manaus

Stephanie Veiga (à esquerda) e Silvanilde Ferreira Veiga (à direita). (Reprodução/ Instagram)
Gabriel Abreu e Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS — O delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, responsável pela investigação da morte da servidora federal Silvanilde Ferreira Veiga, 58 anos, em Manaus, não excluiu nenhuma linha de investigação ou suspeito, e disse que a polícia trabalha com várias possibilidades. A declaração foi feita na manhã desta terça-feira, 24, na sede da especializada, na Zona Leste da cidade.

“As investigações estão muito prematuras, não podemos falar acerca de suspeitos, temos linhas investigativas, várias, que deverão ser confrontadas com outras informações até para que sejam descartadas. A investigação não tem um prazo pré-definido, razão pela qual não temos muitas informações”, disse ele.

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O corpo da diretora da 15ª Vara do Trabalho foi encontrado pela filha, Stephanie Veiga, 27 anos, no sábado, 21, dentro do apartamento de luxo onde ambas residiam, localizado na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus.

De acordo com informações dos advogados, Stephanie teria recebido um SMS de ‘SOS’, no celular, vindo do número da mãe, por volta das 22h de sábado, e esse teria sido o motivo da jovem ir até o apartamento. “Por meio desse sinal ela entendeu que a mãe estava com algum problema e foi até a residência”, explicou o advogado Cândido Honório à imprensa nessa segunda-feira, 23.

Stephanie, então, teria chegado no condomínio acompanhada pelo namorado, após falar com o porteiro e tentar contato com a mãe, por telefone, e não ter sucesso, foi então que subiu até o apartamento e encontrou a mãe morta.

Aparelho celular sumiu

Para a Polícia Civil, Stephanie informou que o aparelho celular da mãe havia sumido do local. O advogado explicou que o aparelho celular da servidora possuía uma função de “contato de segurança”, para que em casos de emergência fosse possível ligar, de maneira rápida, para a polícia, bombeiros ou contato configurado como emergência, e foi isso que a servidora teria feito.

Um dos recursos que o aparelho oferece, após acionar esse “alarme”, é enviar a localização, sempre que ela alterar. O advogado da família não deu informações se a filha chegou a receber outros SMSs com a mudança de localização, mas afirma que Stephanie entregou todos os aparelhos eletrônicos para colaborar com a polícia.

Ainda conforme os advogados, a fechadura do apartamento onde mãe e filha moravam era digital e o acesso era possível de quatro formas: com a digital, que só a mãe e a filha tinham cadastradas; um aplicativo; senha, que podia ser senha fixa ou uma temporária; e por token.

O síndico do condomínio enviou à CENARIUM uma nota informando “que já foram entregues todas as informações pertinentes ao caso, inclusive, as filmagens do sistema de câmeras à equipe de perícia técnica da Polícia Civil do Estado do Amazonas”. A reportagem entrou em contato com o síndico, mas ele respondeu: “para não atrapalhar as investigações, estamos evitando maiores informações”.

Boa relação

Os advogados da família falam que mãe e filha tinham uma boa relação, e que na manhã do crime haviam trocado mensagens de carinho por aplicativo de mensagens. Nas redes sociais, Stephanie publicava fotos de passeios e homenagens para a mãe. De acordo com eles, Silvanilde era uma profissional excelente e muito premiada.

“Existem algumas linhas de investigação, porém, temos duas suspeitas, pode ser uma briga com um vizinho ou relacionado ao trabalho dela. Ela não tinha namorado, pelo que nós sabemos, ela era uma pessoa extremamente trabalhadora, a rotina dela era voltada totalmente ao trabalho”, contou o advogado.

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