Com informações da Folha de S. Paulo
REUTERS e AFP – A BioNTech e a Pfizer informaram, nesta quarta-feira, 8, que três doses de sua vacina contra a Covid-19 neutralizaram a variante Ômicron do novo coronavírus em um teste de laboratório. Além disso, segundo as empresas, seria possível oferecer uma versão do imunizante para a nova cepa, em março de 2022, caso seja necessário.
Na primeira declaração oficial dos fabricantes sobre a eficácia de seu produto contra a nova cepa, eles disseram que duas doses da vacina resultaram em anticorpos neutralizantes significativamente mais baixos. Com a terceira dose, porém, houve aumento de anticorpos neutralizantes.
“Garantir que o maior número possível de pessoas estejam totalmente vacinadas com as duas primeiras doses e com a de reforço continua sendo a melhor forma para prevenir a disseminação da Covid-19”, disse o chefe da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado.
Embora não se tenha certeza sobre sua necessidade, as empresas disseram que vão manter os esforços para desenvolver uma vacina voltada para a variante Ômicron.
O anúncio, feito neste quarta-feira, 8, está em consonância com dados preliminares divulgados nesta terça, 7, pelo laboratório do Instituto Africano de Pesquisa em Saúde, na África do Sul. A análise indicou que a variante do novo coronavírus pode escapar parcialmente da proteção oferecida por duas doses da vacina e que a terceira dose poderia ajudar a frear a doença.
Mesmo que ainda não haja dados confirmando o impacto da variante para os imunizantes atuais, alguns especialistas já afirmaram que existe um risco alto de as vacinas perderem capacidade de proteção. Por isso, outros estudos estão sendo feitos para analisar se existe algum escape vacinal pela Ômicron.
O presidente da Moderna, por exemplo, já indicou que a vacina do laboratório pode ser menos eficaz contra a variante. Segundo ele, a empresa pretende desenvolver uma nova dose específica para a Ômicron, até março de 2022.
Outra empresa preocupada com a nova variante é a Sinovac Biotech, responsável pela fabricação da vacina Coronavac. Na terça-feira, 7, a farmacêutica afirmou que uma versão atualizada do imunizante contra a Ômicron deve estar disponível em três meses.
A AstraZeneca também está examinando a eficácia de sua vacina, desenvolvida com a Universidade de Oxford, contra a nova cepa.
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