‘Themba, o menino rei’: livro de escritor baiano reforça literatura negra infantojuvenil e afroafetiva

O livro ensina a criança a amar e valorizar a ancestralidade (Reprodução/Divulgação)

Priscilla Peixoto – Revista Cenarium

MANAUS – Direcionado para o público infantil, o Mestre em História da África da Diáspora e dos Povos Indígenas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB , Marcos Cajé, lança, no próximo dia 12 de março, o livro “Themba, o menino rei”. A obra visa reforçar a literatura negra infantojuvenil e afroafetiva mostrando questões históricas, culturais e geográficas a partir do prisma de uma criança. Para quem mora em Salvador, Bahia, o lançamento será, às 16 horas, na Livraria LDM, Shopping Bela Vista. Os interessados que residem em outros Estados podem adquirir um exemplar pelo www.marcoscaje.com.br.

“A inspiração de Themba veio justamente desse ponto de como uma criança olha e interpreta o continente africano, como ela vê sua família, as questões ambientais, culturais e filosóficas. É meu primeiro livro totalmente infantil que abraça a leveza da infância”, conta o autor que destaca o diferencial do livro em comparação a outras obras lançadas.

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“Ter acesso a Themba é se permitir integrar a um projeto. Eu fico muito contente porque a tecnologia faz parte desse trabalho e temos três QRd Codes que aproximam o leitor: o QR Code da música de Themba, que você pode ouvir enquanto lê a história, temos o QR Code com fotos e ilustrações para colorir; após a leitura a criança pinta o protagonista pelo entendimento dela. E temos outro que é mais uma perspectiva pedagógica, um glossário interativo com significados dos locais por onde Themba viaja através dos sonhos”, explica o professor.

Marcos Cajé, autor do livro Themba: o menino rei (Reprodução/Instagram)

Referências reais

O autor também destaca que a obra infantil traz referências da realidade, como livros de colegas autores da literatura negra e infantojuvenil, e a própria escola onde o personagem estuda, intitulada Maria Felipa, a primeira escola afro-brasileira do Brasil. “Na estante dele, por exemplo, fiz uma homenagem a Madu Costa, que é uma escritora que atua há mais de 25 anos na literatura afroinfantil”, afirma Marcos.

Dentre os trabalhos já produzidos por Marcos Cajé estão: Afrocontos: Ler e ouvir para transformar, lançado pela Quarteto editora, em 2014; Amali e sua história, publicado pela Editora Mondrongo, em 2017; Zula, a guerreira (Editora Metanoia, 2018); Ara, o menino trovão (Editora Metanoia, 2020); Akin o rei de Igbo (Editora Malê, 2020): Makori, a pequena princesa (Editora Ereginga Educação, 2021); Lobo e as princesas (Editora Ereginga Educação, 2021).

Quando questionado sobre qual o principal ensinamento que o livro pode deixar para as crianças, o escritor responde: “Themba é um livro que ensina a criança a amar e valorizar sua ancestralidade; e que a criança perceba-se como preta descendente de reis, rainhas, arquitetos, ministros… Um preto diaspórico, Bahia, Brasil e africano. Uma literatura que inspira e que cura”, considera Marcos.

Sobre Marcos

Marcos Cajé é Mestre em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas, pela Universidade Federal do Recôncavo. Pedagogo, idealizador do termo literário Literatura Afrofantástica e premiado pela El Nevado Solidário de Oro, uma premiação Argentina, criada por Rulo Ortubia, no ano de 2021. Além disso, Marcos teve artigos publicados em revistas acadêmicas e em livros de coletâneas acadêmicas.

O professor também aproveita as redes sociais como um espaço para divulgação e dicas de leitura como ponto de incentivo ao mundo literário negro. Usando, principalmente, o Instagram como ferramenta transformadora a favor do conhecimento.

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