Da Revista Cenarium*
BRASÍLIA – A Polícia Civil do Espírito Santo confirmou a prisão do suspeito de estupro da menina de 10 anos. A prisão ocorreu na madrugada desta terça-feira, 18, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
O governador Renato Casa Grande postou, em sua conta no Twitter, mensagem sobre a prisão. Ele escreveu que a prisão “sirva de lição para quem insiste em praticar um crime brutal, cruel e inaceitável dessa natureza”.
O suspeito de 33 anos será encaminhado ao Complexo Penitenciário de Xuri, em Vila Velha, na Grande Vitória. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável e ameaça e estava foragido desde a última semana.
Menina fez aborto em outro Estado
A menina violentada recorreu à Justiça, que a autorizou a fazer o aborto. No entanto, a unidade de saúde indicada para fazer o procedimento, o Hucam (Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes), em Vitória, recusou-se a fazer o aborto alegando que a menina não se encaixava nos critérios do Ministério da Saúde.
A vítima, então, foi encaminhada a outra unidade, o Cisam (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros), em Recife, para realizar o procedimento.
O local foi palco de protestos de grupos contrários e favoráveis ao aborto após a extremista de direita Sara Giromini —conhecida como Sara Winter— expor que a menina estava lá.
Nome vazado
Nessa segunda-feira, 17, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) abriu investigação para apurar o vazamento de informações sobre o caso. De acordo com o MP, as questões envolvendo. crianças e adolescentes são sigilosas e a divulgação constitui crime.
A descoberta da situação ocorreu na semana passada após a criança ter sido levada para um hospital em São Mateus (ES) com sintomas de gravidez. No local, exames confirmaram que a gravidez era de três meses. Após relatar que sofria abusos sexuais, a polícia abriu investigação e está em busca do acusado, que está foragido.
O caso provocou revolta na cidade e mobilização nas redes sociais. Segundo o MP, a Justiça determinou que o Facebook, Twitter e Google retirem da internet publicações que expuseram o nome da criança e o hospital onde ela fez o procedimento de aborto legal, autorizado pela Justiça. Além disso, os promotores relatam que grupos teriam ameaçado familiares da vítima.
Em nota, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informou que acompanha as investigações para ajudar na responsabilização do acusado.
(*) Com informações da Agência Brasil e Uol