Tire suas dúvidas: veja o que dizem a lei, o governo e as pesquisas sobre vacinação contra Covid-19

Especialistas indicam falhas no plano de imunização e riscos na falta de sinergia entre estados e o Ministério da Saúde (Pedro Nunes/ Reuters)

Com informações do O Globo

RIO DE JANEIRO — Quase 50 países já deram início à campanha de vacinação contra a Covid-19, mas o Brasil ainda convive com uma série de lacunas sobre o tema. Não há data confirmada para o início da imunização — a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aliás, ainda precisa aprovar o uso emergencial de dois produtos. Faltam insumos, como seringas e agulhas. O governo federal fracassou na licitação em que tentou obter estes recursos.

Os imunizantes que estão sob a lupa da Anvisa agradam especialistas, embora os dados do CoronaVac ainda estejam incompletos. Ainda assim, mostram uma eficácia suficiente para o uso emergencial em um país que já agoniza com mais de 200 mil mortes e 8 milhões de contágios.

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O que falta para o brasileiro ser vacinado?

O Brasil ficou estagnado porque inicialmente apostou apenas na vacina de Oxford, que teve problemas nos ensaios clínicos, e só nesta semana comprou doses da CoronaVac. As fabricantes de vacina consideram que a análise da Anvisa é burocrática e, até ontem, nenhuma empresa havia entrado com pedido de uso emergencial de seu produto no país. Outro problema será montar uma estrutura para produção interna de imunizantes que atenda a toda a população. O Brasil precisaria de 400 milhões de doses de vacina, visto que a maioria dos produtos no mercado é aplicada em duas doses.

O Brasil tem insumos suficientes para vacinar a população contra a Covid-19?

Não. O governo federal conseguiu comprar apenas 2,4% de insumos, como seringas e agulhas, para realizar a vacinação contra a doença. São 7,9 milhões de unidades, enquanto buscava adquirir 331,2 milhões. A maioria dos estados e municípios não tem estoque suficiente para promover a imunização. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, afirmou na última quarta-feira que não comprará seringas até que os preços “voltem à normalidade”. O Ministério da Saúde, por sua vez, disse que pretende realizar novos certames.

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