Jadson Lima – Da Revista Cenarium*
MANAUS (AM) – O sargento do Exército Brasileiro (EB) Diego Azevedo Fernandes de Sousa, de 33 anos matou a tiros um soldado da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) na manhã deste domingo, 9, na avenida Leonardo Malcher, centro de Manaus. O policial militar José Antônio, atingido por disparo de arma de fogo na cabeça, chegou a ser encaminhado ao Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, mas morreu na unidade hospitalar. Além dele, o primeiro sargento da PM, identificado como Weldman, foi baleado na perna e encaminhado ao Serviço de Pronto Atendimento – SPA São Raimundo.
A polícia foi acionada pela esposa do militar, Thais Elena Guimarães Coelho, de 32 anos, após uma discussão em que o sargento teria ameaçado a vítima com uma arma de fogo na residência em que eles moram. Ao chegar no local, os policiais da 24ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) foram surpreendidos pelo oficial do Exército com disparos de arma de fogo, que atingiram dois PMs. O sargento foi morto pela equipe das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam), depois que a equipe foi acionada para garantir reforço no local e foi recebida com disparos. O Instituto Médico Legal do Amazonas (IML) foi acionado para remover o corpo do militar do local.
O relatório da ocorrência aponta que o sargento do Exército agrediu fisicamente a esposa e que teria lhe ameaçado com uma arma de fogo. O crime de violência doméstica, que foi relatado pela vítima, pode ser caracterizado por cinco tipos de violência e ocorrem por meio de violência moral, física, psicológica, patrimonial e sexual praticados contra as mulheres. A mulher de 32 anos, vítima do atirador, é aluna soldado da Polícia Militar. Já o militar do Exército era integrante do quadro de efetivos do Centro de Formação de Reservistas (CFR).
Em nota enviada à CENARIUM, o CMA informou que o fato será apurado pelas autoridades competentes para “identificar as causas e as condicionantes do episódio”. O CMA afirmou, ainda, que prestará todas as informações solicitadas pelas autoridades policiais de forma a contribuir com o andamento das investigações. O órgão também disse que “não compactua com desvios de conduta, lamenta o ocorrido e se solidariza com os familiares”.
A PM afirmou em nota à imprensa que “está prestando apoio aos familiares do soldado PM que morreu no exercício de sua função, e presta suas sinceras condolências neste momento de consternação”.
