‘Todos os Olhos na Amazônia’ investe em ferramentas de aprendizagem como forma de proteção da floresta

Plataforma visa impedir destruição da Amazônia por meio da defesa dos direitos dos povos indígenas (Divulgação/Assessoria)

Com informações da assessoria

SÃO PAULO – Na última segunda-feira, 21, foi celebrado o Dia Internacional das Florestas. Implementado pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2012, a premissa da data é o combate à degradação do meio ambiente como forma de proteger a biodiversidade, além da defesa dos direitos das populações que vivem nestes locais.

Para proteger as florestas é necessário, além de vontade e ações concretas, conhecimento da importância desses espaços para o nosso planeta e do quanto as florestas são necessárias para a vida humana. Pensando nisso, uma coalizão da qual o Greenpeace Brasil faz parte desenvolveu a Plataforma de Aprendizagem Todos os Olhos na Amazônia, que reúne um grande acervo de vídeos, pesquisas, documentos, dados e informações sobre a floresta.

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O objetivo desta plataforma é que ela sirva como uma grande vitrine de casos de resistência de povos amazônicos na defesa de seus territórios. Por isso, naquele espaço, é possível ter acesso a diversos materiais que promovem a conservação da Floresta Amazônica e o equilíbrio ambiental do planeta. São textos, vídeos, fotos, podcasts, animações, que compõem um rico mosaico das lutas que acontecem, hoje, na Amazônia. Os conteúdos estão disponíveis a qualquer pessoa e podem ser acessados em português, inglês e espanhol.

Ali é possível, por exemplo, conhecer a luta dos A’i Cofán, do Equador, que em 2018 obtiveram nas cortes da Justiça equatoriana uma decisão que proibiu a exploração mineral em seu território – protegendo mais de 32 mil hectares. Ou o caso Karipuna, de Rondônia: entre 2018 e 2020, eles conseguiram reduzir em 62% o desmatamento dentro de seu território, graças a um trabalho de monitoramento territorial, denúncias legais e advocacy.

Outro aspecto importante da plataforma é seu propósito educacional: ao registrar e compartilhar essas experiências, o site pretende inspirar outras populações na defesa de suas terras e compartilhar as lutas com outras organizações e movimentos. Uma página do portal, por exemplo, é dedicada ao Intercâmbio de Conhecimento, que permite ao visitante conhecer a Amazônia e seus habitantes através de trocas de saberes e experiências como webinars, comunidades de aprendizagem, além da disponibilidade de uma agenda de eventos organizados por todos os parceiros que compõem o projeto.

Também estão disponíveis, no portal, uma biblioteca com pesquisas, relatórios e documentos sobre questões relacionadas à defesa dos direitos indígenas, humanos e territoriais na Amazônia, além de uma grande galeria de vídeos, com entrevistas, séries documentais e programas sobre comunidades indígenas e tradicionais pela defesa de seus direitos e pela proteção da floresta tropical.

Para Danicley de Aguiar, porta-voz do Greenpeace Brasil, a existência da plataforma de aprendizagem ‘Todos os Olhos na Amazônia’, no Brasil atual, é uma forma de reconhecer o quão essencial é a Floresta Amazônica para o nosso planeta, para o desenvolvimento do País e, principalmente, para o desenvolvimento humano.

“A principal chave para reconhecer a importância da Floresta Amazônica em nossas vidas é através do conhecimento, reconhecendo quem são os povos originários que habitam nela, o que esse meio natural produz e o quanto a degradação desenfreada da floresta afeta o clima e a biodiversidade. A plataforma TOA é uma ferramenta que ensina o que é a Amazônia, porém, dando voz e protagonismo aos seus próprios habitantes e defensores”.

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