Trabalhador de Belém gasta 103 horas no mês para comprar cesta básica
07 de julho de 2021
O estudo também apontou crescimento de 0,52% da alimentação, entre os meses de maio e junho (Portal do trabalhador/Sine Belém)
Danilo Alves – Da Revista Cenarium
BELÉM – Um trabalhador de carteira assinada, que recebe um salário-mínimo – equivalente a R$ 1.100 – precisa gastar até 103 horas do expediente para comprar uma cesta básica na capital paraense. O levantamento foi divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Diesse) nessa terça-feira, 6.
A pesquisa revela que o tempo é calculado em 13 dias, quase duas semanas para adquirir a alimentação básica. O estudo também apontou crescimento de 0,52% da alimentação, entre os meses de maio e junho deste ano. Segundo o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena, o preço da cesta básica em Belém custa em média R$ 518,53 centavos e pelo menos quatro itens estão entre os mais caros.
“Na mesma velocidade em que a jornada de trabalho aumenta, os preços dos itens também sobem na contramão da inflação. Em razão disso, o trabalhador do Pará precisa gastar pelo menos 50% do salário-mínimo para conseguir se alimentar”, disse.
“Entre maio e junho, o produto que ficou mais caro foi o litro do leite integral, que subiu em 16 capitais. A baixa oferta de leite no campo e os altos custos de produção elevaram os preços dos derivados no varejo. Além disso, produtos derivados também estão com preço mais alto”, detalhou Sena.
Ao todo, são 13 dias de trabalho para conseguir adquirir os itens. (Foto:)
Pesquisa
Entre maio e junho de 2021, o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em oito cidades e diminuiu em nove, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de em 17 capitais. As maiores altas foram registradas em Fortaleza (1,77%), Curitiba (1,59%) e Florianópolis (1,42%). As capitais com quedas mais intensas foram Goiânia (-2,23%), São Paulo (-1,51%), Belo Horizonte (-1,49%) e Campo Grande (-1,43%).
A cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 645,38), seguida pelas de Porto Alegre (R$ 642,31), São Paulo (R$ 626,76), Rio de Janeiro (R$ 619,24) e Curitiba (R$ 618,57). Entre as cidades do Norte e Nordeste, as que registraram menor custo foram Salvador (R$ 467,30) e Aracaju (R$ 470,97).
Ao comparar junho de 2020 e junho de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os percentuais oscilaram entre 11,17%, em Recife, e 29,87%, em Brasília.
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