Trabalho infantil: Biden cobra atuação de frigoríficos contra emprego ilegal de crianças
12 de abril de 2023
Planta da JBS em Cold Spring, Minnesota (Reprodução/Le Monde Diplomatique Brasil)
Da Revista Cenarium*
WASHINGTON | REUTERS – As empresas de carnes devem examinar suas cadeias de suprimentos em busca de evidências de trabalho infantil, disse o governo de Joe Biden em uma carta enviada às principais empresas frigoríficas dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 12.
A carta faz parte de uma iniciativa de várias agências, lideradas pelo Departamento do Trabalho, para coibir o uso de trabalho infantil ilegal em todos os setores. Desde 2018, o emprego ilegal de crianças aumentou 69% nos EUA, de acordo com a agência.
Em fevereiro, o Departamento do Trabalho descobriu que mais de cem crianças haviam sido empregadas ilegalmente pela Packers Sanitation Services Inc, uma empresa que contrata frigoríficos para limpar matadouros. A empresa foi multada em US$ 1,5 milhão.
Jovens trabalhadores saem da fábrica de suínos da JBS após um turno noturno de limpeza, em Worthington, Minnesota, em 18 de outubro de 2022 (Kirsten Luce/The New York Times)
O secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, pediu na carta às empresas de carnes e aves que determinassem se o trabalho infantil ilegal está sendo usado em suas cadeias de suprimentos e as que estivessem adotando padrões mais rígidos de trabalho infantil para subcontratados.
“As empresas de fabricação de alimentos – particularmente, aquelas com poder de mercado significativo – precisam estar vigilantes, sobre os padrões de seus fornecedores, para ajudar a reduzir violações e abusos sistêmicos”, disse Vilsack na carta.
A carta foi enviada a 18 empresas que representam cerca de 70% da produção de carnes e aves, em volume, incluindo a Tyson Foods Inc, a Smithfield Foods Inc, JBS USA Llc e a Perdue Farms Inc.
O Departamento de Agricultura está explorando mecanismos de fiscalização que permitiriam uma supervisão mais rígida do uso de trabalho infantil nas cadeias de abastecimento de alimentos e planeja tomar medidas futuras sobre o assunto, disse um porta-voz da agência.
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