Tradicional Réveillon do Rio de Janeiro vai se limitar à queima de fogos sem público em Copacabana

A ampliação dos pontos de queima de fogos visa a incentivar as pessoas a acompanharem a virada perto de casa. (Alexandre Macieira / Riotur)

Com informações do InfoGlobo

RIO —  O prefeito Eduardo Paes detalhou, nesta quinta-feira, 9, o planejamento da cidade do Rio de Janeiro para o Réveillon 2022. Serão dez pontos de queima de fogos de artifício, entre eles Copacabana, além da proibição de ônibus fretados entrarem na cidade a partir das 19h do dia 30 de dezembro. Os transportes não terão esquema especial, como tradicionalmente, para desestimular a ida de pessoas para Copacabana.

“O que estamos anunciando hoje é uma versão mais simples do Réveillon. O que nós tivemos como premissa é ter o espetáculo visível de diversos pontos da cidade” disse Paes.

PUBLICIDADE

A prefeitura vai bancar a queima de fogos nos dez pontos da cidade. Isso porque o município não conseguiu patrocínio para as festas. Os oito novos pontos ainda serão licitados. Paes admitiu dificuldades, diante de um cenário de pandemia, em arrumar investidor privado. Segundo o prefeito, a realização do evento com uma epidemia de gripe não seria tão preocupante, exceto para alguns grupos específicos.

“Imagino que tenha muita gente na praia, mas não vejo problema nisso. Desde o início do ano, mantivemos as praias abertas por orientação do comitê científico. Tomara que tenha muita gente, não vejo problema nenhum, desde que não tenha aquelas aglomerações com show”.

Bloqueios em Copacabana

Em Copacabana, serão 16 minutos de fogos em dez balsas por toda a orla. Também está prevista a instalação de 25 torres de música com contagem regressiva. Haverá restrições de acesso ao bairro, com bloqueio de acesso de carros a partir das 19h do dia 31 de dezembro, sendo permitido moradores e hóspedes ingressarem no bairro até as 22h. A orla de Copacabana e Leme não terá estacionamento permitido desde a noite do dia 30 de dezembro.

“A população estará segura em toda a cidade do Rio. Estamos embasados no comitê científico. Essas pessoas, que são muito mais especializadas do que eu, disseram que não poderia realizar a festa”.

Não haverá reforço na linha dos ônibus regulares ou a criação de pontos especiais como em outros anos.  O metrô também não irá funcionar 24 horas, na noite da virada.

“Todo ano, criamos instrumentos para atrair pessoas para Copacabana. O que estamos fazendo é algo diferente. Manter as linhas regulares, porque desejamos que quem mora em outras regiões vá aos outros pontos, sem ser Copacabana”, disse Paes.

Mais cedo, ao lado do governador Cláudio Castro, o prefeito Eduardo Paes confirmou que haverá festa de Réveillon com fogos na Praia de Copacabana e em dez pontos espalhados pela cidade. Os dois participam da abertura do Rio Gastronomia, no Jockey. O prefeito afirmou que todos os detalhes serão revelados, em breve. Paes ressaltou que, apesar da epidemia de gripe no município, a taxa epidemiológica da Covid está baixa.

“O governador Cláudio Castro hoje nos deu a boa notícia de que vamos poder anunciar, agora há pouco, e eu vou falar em off aqui para vocês, que nós vamos ter Réveillon no Rio de Janeiro, com fogos em Copacabana e em dez pontos espalhados pela cidade. Eu acho que é um momento de retomada, de renascimento. Foi um período muito duro. E não há mais nada anticarioca do que esse vírus. A gente é uma cidade da celebração, do encontro, uma cidade que gosta de se abraçar. Infelizmente, esses últimos anos foram muito duros. Não é que acabou a pandemia, mas, apesar da gripe, a gente vive com a situação epidemiológica muito boa, com taxa de transmissão lá embaixo, internações lá embaixo, e, mais importante que tudo, graças a Deus e à vacina, com o número de mortes lá embaixo”, afirmou Paes.

Nessa quarta-feira, o Comitê Científico do Estado contra a Covid-19 aprovou a realização da queima de fogos na praia de Copacabana no Réveillon, desde que sejam adotadas medidas para evitar aglomerações. Minutos depois, o governador garantiu que Estado e prefeitura chegarão a uma decisão na sexta-feira sobre as celebrações e toda a estrutura montada para a virada do ano.  Ele frisou que, apesar de ele e o prefeito defenderem os fogos, os técnicos da Saúde é que vão balizar a decisão.

O vai e vem

No último sábado, Paes anunciou, na sua conta no Twitter, que não haveria festa de Ano-Novo este ano na Praia de Copacabana e em outros pontos da cidade, como tradicionalmente ocorre. Segundo ele, entre a decisão dos comitês científicos municipal e estadual vai valer sempre a mais restritiva.

Na noite da última segunda-feira, o prefeito fez outra postagem em seu perfil no Twitter, informando ter pedido ao governador que ele levasse ao comitê científico uma demanda para que a festa de Réveillon tenha queima de fogos em Copacabana e em alguns outros pontos da cidade.

Nesta quarta-feira, Paes voltou a defender a realização da queima de fogos na Praia de Copacabana: “A posição da prefeitura e do seu comitê científico continua a mesma: somos favoráveis à queima de fogos na Praia de Copacabana no Réveillon. Eu conversei com o governador e chegamos a esse meio-termo (com queima de fogos, mas sem programação de shows). Agora, ele deve conversar com o comitê científico dele. A decisão definitiva sairá nas próximas 24 ou 48 horas”.

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.