Tragédia climática pode criar ‘refugiados’ ambientais e dar prejuízos ao agronegócio, diz relatório


10 de agosto de 2021
Tragédia climática pode criar ‘refugiados’ ambientais e dar prejuízos ao agronegócio, diz relatório
Bombeiros atacam as chamas que, no ano passado, consumiram área de rica biodiversidade na Chapada Diamantina, Bahia (Mateus Morbeck/AFP)

Com informações do Infoglobo

RIO DE JANEIRO – Os alertas do relatório lançado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, são um aviso para as capitais do Nordeste. Para as praias do Rio de Janeiro e cidades do Sudeste e Sul. Para a agropecuária no Centro-Oeste e no Norte. E são um grito derradeiro para a Amazônia. Todas as regiões brasileiras sofrerão, em menor ou maior grau, os impactos das previsões do documento, com a mais alarmante dando conta de um aumento da temperatura global de 1,5 graus Celsius já na próxima década.

O Brasil está no centro de uma emergência que já afeta os biomas e sua biodiversidade, a vida no campo e na cidade, a economia, e que pode piorar se nada for feito, principalmente na redução do desmatamento e da emissão de gases do efeito estufa, dizem especialistas.

“Os alertas para o Brasil são em todos os aspectos. Aumento da temperatura, redução de chuvas, aumento do nível do mar, de eventos climáticos extremos e da vulnerabilidade das cidades”, diz o físico Paulo Artaxo, professor da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do IPCC.

O relatório não cita nominalmente os países, mas pela primeira vez detalha eventos esperados em cada região do planeta. E o Brasil, que responde por boa parte da América do Sul, aparece no centro das previsões de eventos climáticos extremos. Com um aquecimento do planeta de 2  graus Celsius ou acima, por exemplo, a intensidade e a frequência de chuvas devem aumentar no Sudeste e Sul do País. Ao mesmo tempo, são esperadas secas mais intensas e duradouras no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

“A tendência é que conforme aumentem as emissões (de gases do efeito estufa) aumentem também a intensidade e a frequência desses impactos”, afirma Artaxo. “Veja a seca no Brasil central e que compromete a geração da hidroeletricidade. A cheia histórica do rio Amazonas. As enchentes mais frequentes em grandes cidades”, afirmou.

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