Trump deixa hospital nos EUA sem fazer uso de cloroquina defendida por ele e Bolsonaro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apesar de defender o uso da Cloroquina, por meses, evitou a medicação no tratamento contra à doença (Reprodução/ Internet)

Luciana Bezerra — Da Revista Cenarium*

MANAUS — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou o hospital Walter Reed, em Washington, na noite dessa segunda-feira, 5, após três dias internado ao testar positivo para a Covid-19.

A estratégia do presidente Trump contra a pandemia que já matou mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos, voltou-se contra ele mesmo.

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Para enfrentar a Covid-19, Trump tomou um coquetel de medicamentos que incluíram remdezivir, um antiviral que vem sendo discutido em pesquisa faz algum tempo e dexametasona, um asteroide que auxilia os pacientes nos casos mais graves da doença. Mas Trump não usou a cloroquina, defendida por ele desde março quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia mundial do novo Coronavírus.

Segundo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), outro defensor da medicação, “quem é de direita toma cloroquina”. Contudo, não foi o que fez Trump durante sua internação no hospital americano para tratar a doença. Aliás, vale lembrar que, os Estados Unidos haviam enviado para o Brasil vários lotes de cloroquina que estavam sobrando no País. E Bolsonaro insistiu várias vezes no uso dessa medicação para o combate à Covid-19.

Mas aparentemente Trump está mais preocupado com a campanha eleitoral do que propriamente com o seu estado de saúde. Antes de deixar o hospital, Trump usou sua conta no Twitter para dizer como estava. “Se sentindo melhor do que estava há 20 anos”. E pediu para que as pessoas “não tenham medo da Covid-19”.

Já a equipe médica que atende Trump concordou com a alta, mas ponderou que “ele não está totalmente fora de perigo”.

“A equipe e eu concordamos que todas as avaliações e, mais importante, seu estado clínico, apoiam sua volta para casa de maneira segura”, disse o médico Sean Conley à imprensa local, ao ressaltar que Trump continuará o tratamento para a Covid-19 na Casa Branca, onde recebe doses dos medicamentos remdesivir e dexametasona.

O grupo de médicos disse ainda que o presidente não tem nenhuma reclamação em relação ao seu sistema respiratório e que não sente febre há 72 horas.

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A internação de Trump foi apenas a um mês das eleições presidenciais norte-americanas que serão no dia 3 de novembro.

A Pesquisa Reuters/ Ipsos, divulgada no último domingo, 4, apontou que, após o diagnóstico do atual presidente, o candidato da oposição, o ex-vice-presidente democrata Joe Biden ampliou a sua vantagem para dez pontos percentuais.

(*) Com informação do Twitter

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