Uber pede ao STF suspensão nacional de processos sobre vínculo trabalhista


04 de março de 2024
Uber pede ao STF suspensão nacional de processos sobre vínculo trabalhista
Motorista segura celular em uma das mãos e com a outra o volante do carro (Reprodução/Getty Images)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA (DF) – A plataforma Uber pediu nesta segunda-feira, 4, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão nacional de todos os processos que tratam sobre o reconhecimento de vínculo de emprego entre motoristas e a plataforma.

Na petição encaminhada ao Supremo, o escritório de advocacia que representa a empresa sustenta que a medida é necessária para aguardar o posicionamento final da Corte sobre o tema.

Pessoa utiliza aplicativo Uber em um celular (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Na semana passada, o STF reconheceu a chamada repercussão geral, mecanismo que vai obrigar todo o Judiciário a seguir o futuro entendimento dos ministros, após o julgamento definitivo da questão. Cerca de 17 mil processos sobre a questão tramitam em todo o País.

“Trata-se, portanto, de regra processual que visa resguardar a prolação de decisões conflitantes com o entendimento que será fixado pela egrégia Suprema Corte. É um consectário lógico e natural do princípio da isonomia para assegurar que todos os processos afins, em trâmite no Poder Judiciário, recebam o mesmo tratamento”, afirmaram os advogados.

Com o reconhecimento da repercussão, o Supremo vai marcar o julgamento para decidir definitivamente sobre a validade do vínculo de emprego dos motoristas com os aplicativos.

Atualmente, grande parte das decisões da Justiça do Trabalho reconhece vínculo empregatício dos motoristas com as plataformas, mas o próprio Supremo possui decisões contrárias.

Em dezembro do ano passado, a Primeira Turma da Corte entendeu que não há vínculo com as plataformas. O mesmo entendimento já foi tomado pelo plenário em decisões válidas para casos concretos.

PL dos aplicativos

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o projeto que regulamenta o trabalho de motorista de aplicativo. O texto será enviado para o Congresso. Se aprovado, começará a valer em 90 dias.

Leia mais: Uber terá que assinar Carteira de Trabalho de motoristas
(*) Com informações da Agência Brasil

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