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Umbandistas e católicos substituem imagem de São Jorge destruída a pedradas
Da esquerda para a direita: o deputado Átila Nunes; o bispo auxiliar Dom Catelan; a Mãe Manu da Oxum; a Mãe Carla de Oxum; e o babalorixá Márcio de Jagun (Foto: Divulgação)
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27 de abril de 2022
Com informações do Infoglobo
RIO – Um dia depois de uma imagem de São Jorge ser destruída a pedradas em uma praça de Irajá, na Zona Norte do Rio, umbandistas e católicos uniram-se em um ato simbólico no local. Representantes da religião de matriz africana juntaram-se a fiéis da Igreja Nossa Senhora da Apresentação, situada no bairro, e saíram em defesa da liberdade de crença.
O ato começou com uma missa celebrada pelo bispo auxiliar Dom Catelan na noite desta terça-feira. Em seguida, o grupo partiu numa procissão de cerca de 300 metros até a Praça Ana Lima, conhecida como Praça do Chafariz, onde a imagem depredada ficava protegida por uma espécide de redoma de vidro.
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“É muito importante que continuemos unidos contra o preconceito e a violência. O verdadeiro amor de Deus está nos nossos corações”, ensinou o bispo.
O ato também contou com a participação do deputado estadual Átila Nunes (MDB), relator da CPI da Intolerância Religiosa na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), e do babalorixá Márcio de Jagun, responsável pela Coordenadoria Executiva da Diversidade Religiosa (Cedir) do município do Rio. Durante o evento, a praça ganhou uma nova imagem de São Jorge, doada pelo parlamentar.
“O ato foi verdadeiramente ecumênico, com a união de fiéis da Umbanda e do Candomblé. Com certeza a fúria do preconceituoso que destruiu a imagem está ligada ao espetáculo do carnaval deste ano, quando a religiosidade afro-brasileira foi valorizada com a consagração das suas divindades1”, afirmou Átila Nunes.
O Cedir encaminhou o caso à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Agentes da especializada buscam imagens de câmeras de segurança instaladas por comerciantes e prédios da região para tentar identificar os responsáveis pelo ataque à imagem do Santo Guerreiro.
“Além da Praça do Chafariz, outra imagem de São Jorge foi destruída em um altar que fica na Freguesia, no último dia 20. Um ato como o que organizaram os umbandistas e católicos hoje mostra o quanto é importante a harmonia entre as crenças para a reconstrução do caminho da paz, tão sonhado pela humanidade”, discursou Márcio de Jagun, coordenador do Cedir.
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