Univaja solicita participação na Comissão Externa do Senado que apura assassinatos na Amazônia

O Produrador Jurídico da Univaja se colocou a disposição para auxiliar à Comissão Externa do Senado (Reprodução/Internet)
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium

MANAUS – “A insegurança ainda permanece na região”, afirma o Procurador Jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (UNIVAJA), Eliésio Marubo, durante tramissão ao vivo na noite desta sexta-feira, 8, onde prestou esclarecimentos à imprensa acerca das últimas notícias a respeito da investigação do assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira, na região do Vale do Javari, em Atalaia do Norte.

Eliésio esclareceu que viu com “positividade” a prisão de Rubens Villar Coelho, o ‘Colômbia’, anunciada pela Polícia Federal (PF), na manhã desta sexta-feira, 8. ‘Colômbia’ foi preso pela Polícia Federal por falsificar a identidade, mas a investigação não descarta participação dele nos assassinatos do jornalista e do indigenistas ocorridas no começo de junho.

Marubo lembrou que ainda em março, a UNIVAJA já havia mencionado em ofício encaminhado às autoridades, sobre a existência de uma pessoa, o ‘Colômbia’, que financiava as atividades ilegais na região e pediam providências no ofício.

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Trecho do ofício nº28 do dia 8 de março de 2022, em que UNIVAJA cita ‘Colômbia’ (Reprodução)

O Produrador Jurídico ainda falou sobre a disposição da UNIVAJA em auxiliar à Comissão Externa do Senado para participar das reuniões da comissão e auxiliarem audiências, reuniões e possíveis diligências do grupo. Marubo ainda revelou que alguns funcionários da UNIVAJA estão isolados em locais não revelados, para prevenir de ameaças que estavam sofrendo.

Trecho do Ofício Nº28 mostra embarcação de ‘Colômbia’ (Reprodução)

Caso Dom e Bruno

O jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira desapareceram na região do Vale do Javari, no Amazonas, em 5 de junho deste ano, após serem ameaçados em campo. Os dois foram vistos pela última vez quando seguiam trajeto da Comunidade São Rafael ao município de Atalaia do Norte. Somente em 15 de junho, remanescentes humanos das vítimas foram localizados.

Até o momento, além de “Colômbia”, quatro foram presos suspeitos de envolvimento nas mortes de Dom e Bruno: o pescador Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, foi o primeiro a ser detido; Oseney da Costa, o “Da Costa”, irmão de Amarildo; Jeferson da Silva Lima, também conhecido como “Pelado da Dinha”; e Gabriel Pereira Dantas, que já foi solto.

Nesta sexta-feira, 8, vence o prazo das prisões de Amarildo, Oseney e Jefferson, mas a Polícia Federal do Amazonas afirmou que já entrou com um pedido para que a detenção dos três seja convertida em preventiva, que tem prazo de 90 dias.

Leia solicitação da UNIVAJA na íntegra:
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