Urna eletrônica completa 25 anos de evolução do processo eleitoral no Brasil


17 de maio de 2021
Urna eletrônica completa 25 anos de evolução do processo eleitoral no Brasil
Urnas eletrônicas sendo preparadas para serem enviadas às embaixadas do Brasil no exterior (Sérgio Lima/Poder 360)
Com informações do TSE

BRASÍLIA – Desde a sua estreia nas Eleições Municipais de 1996, a urna eletrônica passou, ao longo de sua trajetória, por constantes aprimoramentos, tanto em seus componentes de software quanto na modernização estética do equipamento (hardware). Esses aperfeiçoamentos seguiram a evolução tecnológica, sempre se destinando a fortalecer as barreiras de segurança e a entregar aos milhões de eleitores brasileiros um aparelho intuitivo e de fácil manejo no momento do voto.

Em 1996, mais de 32 milhões de brasileiros de 57 cidades com mais de 200 mil eleitores – incluindo 26 capitais (com exceção do Distrito Federal, que não elege prefeito) – votaram em 77.969 urnas eletrônicas, fazendo com que o Brasil entrasse na era do voto digital, um caminho sem volta.

Após o seu surgimento na vida dos brasileiros, o modelo da urna eletrônica passou por inovações periódicas, em licitações conduzidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o objetivo de renovar o parque tecnológico na área, bem como de aumentar o número de urnas em razão do próprio crescimento vegetativo do eleitorado.

Assista vídeo sobre o assunto no Canal do TSE.

Sucederam-se as aquisições e produções de novas urnas eletrônicas por empresas licitadas em processos totalmente transparentes, precedidos por audiências públicas abertas a todos os órgãos de controle e fiscalização, como o Ministério Público, a partidos políticos e a organismos sociais. 

Modelos

Durante os 25 anos de existência da urna eletrônica, a empresa vencedora de cada licitação produziu e entregou, além das urnas de 1996, os seguintes quantitativos de modelos do aparelho: 88.627 (1998), 191.676 (2000), 51.559 (2002), 75.222 (2004), 25.538 (2006), 58.000 (2008), 194.665 (2009), 117.835 (2010), 35.000 (2011), 30.142 (2013) e 95.885 (2015).

A vida útil das urnas eletrônicas é de dez anos. Após esse prazo, elas são descartadas e recicladas. Para isso, o TSE promove licitação para contratar uma empresa, que deve seguir um rigoroso processo de segurança para o descarte, que precisa ser ecologicamente correto. No final, a empresa deve apresentar ao Tribunal um relatório sobre as providências tomadas.

O Museu e as urnas

Criado há mais de 10 anos pelo TSE, o Museu do Voto dispõe em seu acervo dos sucessivos modelos de urnas eletrônicas (UE) utilizados nas eleições, desde 1996. Também detém exemplares de antigas urnas eleitorais feitas de madeira – utilizadas desde o período imperial até a década de 1950 – ou de lona (branca e marrom) – adotadas em seguida pela Justiça Eleitoral, até o ano 2000, quando todo o eleitorado brasileiro passou a votar de forma eletrônica.

Na urna de madeira, os votos eram depositados numa abertura na parte superior. Depois eram retirados por um alçapão localizado na parte inferior e que era trancado por uma fechadura. As urnas de lona branca, por sua vez, usadas até 1974, apresentavam um mecanismo de fechamento com zíper e mais um sistema de lacre feito com selo de chumbo, passado através de uma alça de arame trançado, e também contavam com um cadeado na parte dianteira.

Já as de lona marrom passaram a ser utilizadas na eleição presidencial vencida por Juscelino Kubitschek em meados da década de 1950. Tinham tampa móvel fechada a chave. O modelo foi criado pelo paulista Abílio Cesarino, dono de uma fábrica de malas de couro e carteira.

“As urnas eleitorais são o símbolo máximo das eleições de um país. Observar a evolução dos equipamentos ao longo do tempo é conhecer a evolução do próprio sistema eleitoral. Portanto, se desejamos uma democracia cada vez mais consolidada, é necessária a preservação dessa história”, afirma André Antonio, chefe substituto da Seção de Museu do TSE.

Acervo 

O Museu do Voto, localizado no edifício-sede do TSE, em Brasília, não está recebendo visitantes em razão da pandemia de Covid-19. Contudo, o seu acervo – incluindo as exposições promovidas pela Corte – pode ser acessado virtualmente. O Museu reúne, além das urnas, mais de 300 itens, entre documentos, cédulas, títulos eleitorais, diplomas presidenciais e o mobiliário utilizado pela Justiça Eleitoral. A maioria dos itens pode ser vista na forma de fotos ou reprodução no Portal do TSE, no link Biblioteca.

Acompanhe a série 

Desde o dia 1º de maio, a série “Urna eletrônica 25 anos” pode ser acompanhada pelo Portal do TSE e pelos perfis do Tribunal no Instagram, no Facebook, no Twitter, no YouTube e no TikTok. Também serão veiculadas inserções em rádio e TV. Além disso, pela primeira vez, o TSE produzirá conteúdo específico para o WhatsApp, que poderá ser compartilhado por qualquer interessado.

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