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Vacinação de crianças: veja os países que aprovaram imunização de menores de 12 anos contra Covid-19
Criança recebe imunizante contra o coronavírus em Sofia, na Bulgária (Nikolay Doychinov - 22.dez.2021/AFP)
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29 de dezembro de 2021
Com informações da Folha de S. Paulo
Ao menos 39 países já autorizaram ou já iniciaram o uso de vacinas contra Covid-19 em crianças (menos de 12 anos), sendo que a grande maioria aplica ou aplicará o imunizante da Pfizer/BioNTech para jovens de 5 a 11 anos.
Mas, além dessa, há diversas vacinas adotadas para essa faixa etária ao redor do mundo: Sinopharm, Sinovac (Coronavac) e Soberana 02.
Médicos, autoridades de saúde e cientistas têm afirmado que, dada a persistência da variante delta, o avanço acelerado da Ômicron e a volta do ensino presencial, a vacinação de crianças é o próximo passo crucial no combate à pandemia.
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“Os pais precisam entender a urgência da vacinação porque a pandemia ainda não acabou”, disse à BBC James Versalovic, patologista-chefe do Hospital da Criança do Texas (EUA).
O aval das autoridades americanas, por exemplo, foi dado após um grupo de especialistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e da agência local de controle e regulamentação de alimentos e remédios (FDA) avaliar riscos e benefícios da vacinação de crianças contra a Covid-19.
Nos EUA, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid. Ao justificar a necessidade de vacinar as crianças, o CDC dos EUA diz que elas podem desenvolver casos graves de Covid-19 e que também podem ter complicações de saúde de curto e longo prazo desenvolvidas a partir da Covid.
Dados oficiais dos EUA apontam quase 1,8 milhão de casos de Covid em criança de 5 a 11 anos no País. Quase 200 morreram, e a maioria delas já tinha problemas de saúde crônicos.
A vacina é eficaz e segura para as crianças, segundo pesquisadores, agências reguladoras de diversos países (inclusive a Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo análises de pesquisadores do órgão regulador dos EUA, a vacina da Pfizer/BioNTech tem eficácia de quase 91% na prevenção de Covid em crianças pequenas, uma resposta imunológica comparável à observada em pessoas de 16 a 25 anos. Nenhum efeito colateral sério foi identificado pelos pesquisadores.
A vacina para a faixa etária de 5 a 11 anos tem uma dosagem diferente (um terço da aplicada em adultos) e demanda agulhas menores.
Estima-se que a segunda dose seja concedida três semanas depois. Em razão dessas mudanças, os países precisam fazer novas encomendas com a Pfizer/BioNTech, em vez de fracionar as doses já adquiridas.
Na Europa, ao menos 23 países já aprovaram ou já iniciaram vacinação desta faixa etária contra a Covid-19.
São eles: Alemanha, Áustria, Bélgica, Croácia, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Malta, Portugal, Reino Unido, República Tcheca e Suécia.
Há diversas diferenças nos programas adotados no continente europeu. Muitos decidiram imunizar todas as crianças dessa faixa etária, como Portugal.
Mas outros países vão começar a imunização apenas daquelas com alto risco de contrair a forma grave da Covid-19, como o Reino Unido, França, Finlândia e Suécia. Estima-se que a imunização seja ampliada nas próximas semanas nesses países.
Ao menos outros 16 países também já autorizaram ou começaram a vacinação de crianças, segundo dados reunidos pela agência de notícias Reuters e pela reportagem da BBC News Brasil.
São eles: Austrália, Bahrein, Brasil, Chile, China, Cuba, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Equador, EUA, Israel, Indonésia, Filipinas, Nova Zelândia, Singapura e Tailândia.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou em 16 de dezembro a aplicação da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.
Agora, a imunização desse público, na prática, depende do Ministério da Saúde. Mas o ministro Marcelo Queiroga disse que o assunto só terá uma definição em 5 de janeiro (entenda mais abaixo neste texto).
O primeiro país a aplicar vacinas em crianças pequenas foi a China, em junho, quando autoridades aprovaram o uso emergencial da vacina da fabricante Sinovac (parceira do Instituto Butantan no Brasil na produção da Coronavac) para jovens de 3 a 17 anos.
O país estabeleceu uma meta aproximada de vacinar 80% de sua população de 1,4 bilhão até o final do ano, um número impossível de atingir sem contemplar também um grande número de menores de 18 anos.
Em teoria, a vacina contra a Covid-19 é voluntária na China, embora alguns governos locais tenham dito que os alunos não terão permissão para voltar à escola neste semestre a menos que sua família inteira tenha sido vacinada com duas doses.
Essa mesma vacina Coronavac foi aprovada para uso emergencial em crianças acima de 6 anos em outros países, como Chile (setembro), Equador (outubro) e Indonésia (novembro).
Cuba, por sua vez, começou no início do mês a vacinação em crianças de dois a 18 anos com as vacinas produzidas no país, tornando-se o primeiro país do mundo a imunizar crianças tão pequenas. A campanha será feita em etapas para viabilizar a volta às aulas.
Em novembro, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein também autorizaram o uso emergencial da vacina Pfizer/BioNTech para crianças de 5 a 11 anos. Ambos os países já haviam aprovado o uso de outro imunizante, Sinopharm, semanas antes para jovens de 3 a 17 anos e de 3 a 11 anos, respectivamente.
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