Vacinação infantil não será obrigatória para volta às aulas em seis cidades de Rondônia

Em parte dos municípios, a adesão à vacina tem sido baixa; em outra, faltam doses (Reprodução/Prefeitura de Porto Velho)

Iury Lima — Da Revista Cenarium

VILHENA (RO) — Ao menos seis prefeituras de Rondônia já informaram que a comprovação da aplicação de vacinas contra a Covid-19 em crianças não será cobrada pelas instituições municipais para o retorno presencial das atividades educacionais. É o caso de Porto Velho, Vilhena, Ariquemes, Jaru, Cacoal e Ji-Paraná. 

Na capital, primeiro município a se posicionar, as aulas para os alunos matriculados em aproximadamente 57 escolas devem recomeçar no dia 9 de fevereiro, uma quarta-feira. Apesar de não haver exigência da vacinação infantil, os pais dos estudantes que não tiverem tomado nenhuma dose dos imunizantes disponíveis ficarão proibidos de adentrar às unidades.

Só a capital Porto Velho tem 50 mil crianças entre 5 a 11 anos que podem tomar a vacina, segundo IBGE (Reprodução/Governo de Rondônia)

O retorno é obrigatório para estudantes do Ensino Infantil, das escolas de Ensino fundamental e, também, para aqueles matriculados nas instituições educacionais destinadas a jovens e adultos (EJA). 

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Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Semed), o passaporte da vacina “para os pais, será exigido por conta do decreto executivo, que impede o acesso aos departamentos e prédios públicos para quem ainda não foi vacinado contra a Covid”. Além disso, apenas alunos com comprovação documental de infecção pela doença poderão cursar por meio do sistema remoto. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município tem cerca de 50 mil crianças de 5 a 11 anos que podem tomar a vacina. No entanto, as doses estão sendo destinadas, inicialmente, aos maiores de 8 anos, grupo formado por 11 mil crianças.

Vilhena

Em Vilhena, principal município da Região do Cone-Sul de Rondônia, a adesão da cobertura vacinal infantil tem sido baixa, com cerca de 500 doses aplicadas ante as 1.200 doses recebidas pelo município.

Nas últimas 24 horas, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) confirmou novos 390 casos e dois óbitos pela Covid-19, chegando ao total de 17.473 moradores que já testaram positivo para a doença desde o início da pandemia. 

Demais municípios

A baixa procura pelas doses pediátricas também tem sido registrada nos demais municípios onde não haverá exigência da comprovação de imunização. Caso de Ariquemes, com retorno presencial previsto para o dia 7 fevereiro; Ji-Paraná, que imunizou apenas 4% do público infantil, e Cacoal, com 19.593 registros do Sars-Cov-2. 

No caso de Jaru, o problema é a falta de doses. Com cerca de 5 mil estudantes matriculados, o município recebeu apenas 700 unidades de vacinas, sendo que 600 já foram aplicadas. 

Situação no interior

Contando com Porto Velho, Rondônia é formado por 52 cidades. No interior do Estado, cada município tem autonomia para decidir sobre o retorno presencial, considerando os índices locais relativos à doença.

No município de Costa Marques, por exemplo, com população inferior a 20 mil habitantes, o retorno acontecerá, inicialmente, de forma remota, modelo que será estendido até 9 de março. Logo após, terá início o sistema híbrido, pelo qual as turmas se revezam com 50% dos alunos em aulas presenciais e, os outros 50%, online, realizando rodízio semanal.

“Quanto às vacinas das crianças, não temos posição sobre obrigatoriedade. Quem vai definir são os órgãos da Saúde”, informou a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) de Costa Marques à CENARIUM.

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