Veja 5 ‘mancadas’ nas redes sociais que podem custar seu emprego

As redes sociais podem ser uma excelente ferramenta para profissionais em diversas áreas, mas seu uso de forma errada pode custar caro (Reprodução/Internet)

Jennifer Silva – Da Revista Cenarium

MANAUS – As redes sociais podem ser uma excelente ferramenta para profissionais em diversas áreas, mas têm seus riscos. Não são poucas as situações em que profissionais de diversas áreas se expuseram em postagens inadequadas e que, por isso, foram prejudicados em seus empregos. Uma especialista entrevistada pela REVISTA CENARIUM mostra quais atitudes e posturas você deve evitar para não ser advertido ou chegar a um nível de demissão.

De acordo com a psicóloga Amanda Medeiros, diretora da M2, empresa de Recursos Humanos (RH), há uma certa exposição no meio digital e que precisa haver sim cautela por parte das pessoas que prestam serviços a empresas sejam privadas ou públicas. “Sem dúvidas, na atualidade, nossas vidas estão expostas a todo momento, as redes sociais são um espaço livre e democrático, mas que devem ser utilizadas com cautela, visando objetivo pessoal e/ou profissional”, explicou Amanda.

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A profissional chamou atenção para o termo que diversas empresas têm usado. “Acredito ser relevante falarmos de employer branding que está relacionado à marca que o empregador reflete ao mercado. Em termos mais simples é a reputação da organização como empregadora e que incentiva os colaboradores a serem os protagonistas da marca. Ou seja, o funcionário precisa ter consciência que os conteúdos expostos são associados diretamente à empresa que trabalha, então sempre devem ser compartilhados com bom senso”, defendeu.

Comportamento

Segunda a especialista de RH, “é importante que o comportamento esperado dos colaboradores da empresa seja pautado em normas e regulamentos internos, como por exemplo o código de ética e conduta e/ou uma política específica de comunicação/ mídias sociais. Vale ressaltar que se recomenda que a empresa além de dispor desses documentos, deve dar ciência aos colaboradores da existência e aplicabilidade, bem como orientá-los constantemente acerca das regras definidas”, ressaltou.

A respeito da avaliação dos perfis de redes sociais que as empresas fazem nos dias de hoje sobre o seus funcionários, Amanda explica que “a consulta a redes sociais hoje faz parte da rotina de selecionadores em busca dos melhores candidatos aos perfis das oportunidades que possuem. Para um profissional que está em busca de recolocação, essas ferramentas podem auxiliá-lo a dar uma celeridade no encontro da tão desejada vaga, bem como podem tornar essa busca mais morosa se não utilizadas adequadamente”, afirmou.

Exemplos Reais

Um dos exemplos mais recentes que podemos citar é o episódio dos prestadores de serviço terceirizados da empresa Amazonas Energia que foram demitidos após postarem vídeo durante a pandemia do novo coronavírus. No registro eles aparecem “debochando” e “avisando” internautas que iriam “cortar” o fornecimento de energia elétrica da população. O vídeo rapidamente circulou nas redes sociais, e teve repercussão negativa.

Amazonas Energia demite funcionários que debocharam do corte de energia na pandemia (Reprodução/ Internet)

Racismo no Carnaval

Durante o Carnaval 2018, Lucas Almeida pediu para tirar foto com três rapazes negros que curtiam a folia, e publicou-a em seu Instagram com uma legenda racista: “Vou roubei seu celular (sic)”. Um dos jovens, Iarley Duarte, expôs o fato em sua rede social: “Infelizmente, ninguém está livre do racismo e preconceito. Esse babaca chegou no bloco e pediu para tirar uma foto com a gente”, denunciou. Em seguida, Lucas foi demitido de sua empresa.

Lucas Almeida tirou selfie com rapazes negros no Carnaval e sugeriu que eles roubariam celulares (Reprodução/ Internet)

‘Que tiro foi esse?’

Durante a ‘febre’ do meme “Que tiro foi esse?”, inspirados na música de Jojo Todynho, quatro funcionários do Hospital Santa Izabel, de Salvador, publicaram um vídeo incorporando a brincadeira da música com roupas de trabalho, em uma sala do hospital, utilizando também uma cadeira de rodas. O hospital afirmou que o vídeo, publicado no YouTube, foi feito durante horário de trabalho e sem autorização dos superiores, o que ocasionou em suas demissões.

“Que Tiro Foi Esse?” quatro maqueiros do Hospital Santa Izabel, de Salvador, foram demitidos após gravarem vídeo dançando a música (Reprodução/ Internet)

Avião da FAB

No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decidiu remover do cargo José Vicente Santini, após Santini postar foto no jato para voo exclusivo da Suíça à Índia. Vicente era número 2 da Casa Civil, ele assumia a função de ministro interino. “Não foi ilegal, mas imoral”, disse o presidente à época.

Secretário-geral é demitido por usar avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viagem exclusiva da Suíça à Índia (Reprodução/ Internet)

Assédio

Um funcionário do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), foi demitido pela companhia aérea Latam. Ele apareceu em um vídeo durante a Copa do Mundo de 2018, pedindo para estrangeiras repetirem frases de cunho sexual em português, sem que elas entendessem o que estavam dizendo. Na mesma ocasião, a Polícia Militar de Santa Catarina instaurou processo administrativo disciplinar contra um tenente reconhecido entre os torcedores brasileiros que constrangeram uma russa.

Funcionário da companhia no aeroporto de Guarulhos aparece em vídeo desrespeitando mulheres durante Copa de 2018 (Reprodução/ Internet)
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