Venda online chegou a 40% no ápice da pandemia, na capital do AM, dizem lojistas

Variação nas vendas em 2021 ainda preocupa varejistas (Edmar Barros/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Alessandra Leite – Da Revista Cenarium

MANAUS – As vendas no formato online saltaram de 5% – em um cenário anterior à pandemia – para 40% , quando as lojas tiveram de ser fechadas em sistema de lockdown, no pior momento da crise provocada pelo coronavírus em Manaus. A informação foi fornecida à REVISTA CENARIUM pelo presidente da Câmara dos Lojistas de Manaus (CDLM), Ralph Assayag.

De acordo com Assayag, mesmo com a reabertura gradual do comércio na capital amazonense, a venda pela internet segue em alta, com 15%. “Antes, sem problema nenhum, as vendas pela internet representavam somente 5% do total. Para chegarmos a esses 15% atuais, ainda levaria muito tempo. As pessoas precisaram aprender a comerciar virtualmente e a comprar também. Não tinha outra saída. Muitas empresas, inclusive, decidiram permanecer também com este formato”, declarou.

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Segundo o presidente da CDLM, com a volta às aulas, a tendência é cair ainda mais a procura pela venda online. “As pessoas tendem a sair do carro, mesmo na passagem, se encontram a loja aberta. E tem a falta que muitos sentem de ir à loja, tocar, escolher pessoalmente. Mesmo reduzindo com o retorno às aulas, ainda é um número bem maior que o anterior esse modo de compras virtual”, compara.

Setor de alimentação foi o mais forte

O segmento da alimentação, segundo Ralph Assayag, foi o que mais cresceu com as vendas no sistema de delivery, inclusive com atendimento via aplicativo WhatsApp, que o presidente da CDLM chama de “online tupiniquim”. “Não se trata do sistema de venda virtual em si, como as lojas maiores ou mesmo outros aplicativos específicos, mas o cenário exigia (e ainda exige) que as pessoas se adaptassem. Muitos que nem estavam nesse sistema decidiram mantê-lo”, constata.

O sistema de vendas online, de acordo com Assayag, tem um valor alto, motivo pelo qual muitas empresas acabam não aderindo. “O sistema continua caro, mas reduziu um pouco o valor. Percebo muitos lojistas que nunca haviam experimentado o comércio online e hoje estão se reinventando. O WhatsApp acaba sendo um quebra-galho, nesses casos”, diz.

Supermercado online

Inaugurado pouco tempo antes de ser declarada a pandemia de Covid-19, o supermercado Amazon One chegou a atender presencialmente, mas logo precisou se equipar para funcionar somente por delivery, como está até agora. O supermercado atende tanto pelo site, como pelo aplicativo WhatsApp e drive thru (retirada no local). O vendedor online Luiz Felype De Oliveira Alves, destaca o quanto a empresa se preparou para hoje atender toda a cidade de Manaus, em um sistema de “delivery inteligente”, com garantia de entrega em até três horas. “Chegamos a atender presencialmente, mas logo nos adaptamos e estamos superpreparados. Vendemos principalmente produtos de supermercado, mas temos linha de produtos para a pandemia, escritório, entre outros”, disse.

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