Verão em Belém: Um guia de três dias pela capital do Pará
Por: Da Cenarium*
16 de outubro de 2024
Cidade de Belém, no Pará (Reprodução/Agência Pará)
MANAUS (AM) – O verão amazônico já começou. A temporada, que se estende até o final do ano, é uma excelente oportunidade para conhecer Belém, a capital do Pará, e todas as suas atrações, que incluem restaurantes de comidas típicas, museus e deliciosos banhos de rio. A cidade vive um momento frenético com os preparativos para a COP30, a conferência do clima da ONU, marcada para 2025, e com a expectativa de crescimento do turismo nos próximos meses.
Mas, se o assunto é beleza, Belém disputa o topo da lista com outras capitais. Das ruas de árvores frondosas até a ilha do Combu, passando pelo pôr do sol na Estação das Docas ou no Parque Zoobotânico Mangal das Garças, tudo parece mágico na cidade.
A letra de “Cais de Belém”, de Flávio Venturini, diz bem: “Brisa do mar/ mar de Belém/ sopra na cara do meu bem”. O clima é quente e úmido, e quase todos os dias tem chuva, mas é uma precipitação rápida que só faz aumentar a sensação de que você está na Amazônia. Veja a seguir um guia para curtir três dias na capital paraense, portal de entrada da Amazônia, e todas as dicas para vivenciar a cultura e a tradição dessa região brasileira.
Dia 1
Nada de chegar a Belém à noite. Opte pelos voos matutinos. Você consegue ver toda a exuberância da floresta, a formação das nuvens (tão importantes para o regime das chuvas) e os rios caudalosos. O aeroporto tem boa estrutura e tem registrado recordes de movimentação de passageiros.
Neste primeiro dia, faça passeios mais tranquilos, como uma visita ao Mangal das Garças (R$ 7 a entrada), para conhecer um pouco mais da fauna e da flora locais. Há um restaurante no espaço.
Vá também ao Forte do Presépio (R$ 4 o ingresso), para saber um pouco mais da história, e ao Espaço Cultural Casa das Onze Janelas (R$ 2 o ingresso), onde é possível apreciar uma das vistas mais exuberantes da baía do Guajará e almoçar ou jantar em um dos restaurantes mais tradicionais do estado, a Casa do Saulo.
Cidade de Belém, no Pará (Reprodução/Agência Pará)
No entorno, aproveite para visitar a catedral metropolitana, a praça em frente à igreja, o Museu de Arte Sacra e o Museu do Círio. Caminhando no sentindo do mercado Ver-o-Peso, dá para chegar à praça do Relógio. Foi ali que a extinta banda Calypso, de Joelma e Chimbinha, gravou um icônico DVD com inúmeros hits nacionais.
À noite, a pedida pode ser os restaurantes de chefs renomados ou os bares com excelentes drinques e a famosa cachaça de jambu. Eles estão localizados tanto no bairro Umarizal quanto nos bairros Campina, Batista Campos, Nazaré e Marco.
Não deixe de comer um filé de filhote, peixe típico amazônico. Também são servidos pirarucu, dourada e pescada, entre outros. Quase tudo com jambu e tucupi. Acredite: as misturas são perfeitas.
O transporte público coletivo de Belém não oferece boas condições. Como alternativa, opte por alugar um carro ou usar os serviços de táxi ou aplicativos. Observe também a região da sua hospedagem. Você pode ficar perto de tudo ou longe de tudo.
Dia 2
Vá até a praça Princesa Isabel, no terminal hidroviário, e pegue um dos barcos para a ilha do Combu. A travessia de ida sai por R$ 10 e é bem rápida. Em menos de 15 minutos já se está do outro lado do rio Guamá. Para aqueles que têm alguma reação a embarcações marítimas, fique tranquilo. O barco é seguro, dispõe de coletes salva-vidas e balança pouco.
É um passeio de quase dia inteiro, para apreciar porções de peixe frito e bolinhos, um almoço completo, cerveja gelada, a natureza e um banho de rio, cascata ou até de piscina –alguns dos restaurantes localizados na ilha dispõem do atrativo. A trilha sonora é regional, ou seja, se ouvirá desde o ritmo calipso, passando pelo tecnobrega, brega, forró, tecnopop, lambada e diversas mixagens, como o electrobrega.
Na ilha do Combu também é possível visitar a produção de chocolate feito com cacau amazônico. Os ribeirinhos cuidam de tudo. Em visita a Belém no começo deste ano, o presidente francês Emmanuel Macron recebeu um kit completo com os doces locais e aproveitou para manusear as amêndoas de cacau com uma ferramenta usada pelos produtores. As imagens rodaram o mundo.
Centro histórico de Belém (Reprodução/Belemtur)
Não deixe de caminhar pela floresta e tirar muitas fotos. Na hora de voltar, faça a foto de Belém ao fundo, com toda a sua orla exuberante. Se não tiver tarde, o passeio pode incluir uma visita ao Ver-o-Peso, um dos mercados públicos mais antigos do Brasil e que está em reforma para a COP30.
Ali dá para comprar de tudo, desde trufas de chocolate recheadas com frutas locais (a mais famosa delas é o cupuaçu) até banhos de ervas e lembrancinhas. O pitiú (cheiro semelhante a peixe e maresia) é intenso, mas faz parte da vivência amazônica.
Algumas empresas disponibilizam um passeio de barco pela orla da baía do Guajará no período da tarde. Durante o tour, são feitas apresentações de danças típicas. Os ingressos podem ser adquiridos por, em média, R$ 200 por pessoa. Há diversas empresas com pontos de venda na Estação das Docas.
Dia 3
Chegou o último dia. Planeje-se para assistir ao pôr do sol da Estação das Docas, curtindo o vento e a brisa, e um happy hour com petiscos, drinques e chope gelado, além do jantar mais tarde com direito a música ao vivo.
Respeitadas as devidas proporções, o local lembra a região de Puerto Madero, em Buenos Aires, na Argentina. A despedida será melancólica, como um bom tango, e deixará um gostinho de quero mais.
Pela manhã, visite o Bosque Rodrigues Alves. Com uma área de 15 hectares, é um dos principais cartões-postais da Cidade das Mangueiras.
Por mês, de acordo com a prefeitura, o espaço recebe cerca de 20 mil visitantes e abriga mais de 10 mil árvores, além de 435 animais de 29 espécies que vivem em cativeiro e outras 29 em liberdade ou semi-liberdade distribuídas na área de mata.
Entre os animais estão o peixe-boi amazônico, jacaré, tartarugas, jabutis, araras, macacos, entre outros. Funciona de terça a domingo, das 8h às 14h, e o ingresso é R$ 2.
Em seguida, visite também o Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi. É uma preciosidade que guarda centenas de espécies da fauna, flora e fungos amazônicos, além de ser uma referência em pesquisa científica. As visitas podem ser feitas e quarta a domingo, das 9h às 13h. O ingresso custa R$ 3.
Reserve uma visita ao Theatro da Paz. Fundado em 15 de fevereiro de 1878, durante o período áureo da borracha, tem capacidade para 900 pessoas, acústica perfeita, lustres de cristal, piso em mosaico de madeiras nobres, afrescos nas paredes e teto, dezenas de obras de arte e outros elementos decorativos revestidos com folhas de ouro.
Ele fica em frente à praça da República, bem no centro da cidade, onde também é possível apreciar a sombra das árvores e tomar um café na cafeteria próxima.
As visitas acontecem de uma em uma hora de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Aos sábados e domingos, as visitas acontecem às 9h, 10h, 11 e 12h. O valor do ingresso é R$ 6. Às quartas-feiras, a visitação é gratuita.
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