O parlamentar passou cerca de dois meses detido em uma sala de Estado-Maior, da Polícia Militar de Rondônia (PM-RO), na capital Porto Velho, a 480 quilômetros da cidade onde foi preso, em maio deste ano. De acordo com a sentença, não houve provas suficientes para condenar o parlamentar como culpado do crime.
Ele segue afastado do cargo, enquanto enfrenta um processo de Cassação na Casa de Leis.
O vereador Lauro Costa Kloch, na Câmara de Vereadores de Cacoal, em Rondônia (Reprodução/Redes Sociais)
Absolvição
Na época, a REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA apurou que Lauro foi levado pela polícia logo depois de participar de uma Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Cacoal (CMC), na tarde do dia 2 de maio. Os agentes anunciaram a prisão preventiva, mas esperaram pelo fim da assembleia para retirá-lo da Casa de Leis.
O crime do qual o vereador foi acusado é investigado desde 2014. A denúncia diz que ele teve relação sexual com uma menina de 13 anos, naquele mesmo ano, em Itapuã do Oeste, também no interior de Rondônia.
O mandado foi expedido pela Vara de Proteção à Infância e Juventude de Porto Velho, que determinou a transferência de Lauro Kloch para “qualquer unidade prisional”. Também segundo o documento, a prisão ocorreu para impedir a possibilidade de fuga do vereador. Também constou no mandado que havia “indícios de autoria” de “Lauro Garçom”.
No entanto, a Justiça teve o mesmo entendimento da defesa do parlamentar e do Ministério Público do Estado de Rondônia (MP-RO). O órgão sustentou que a denúncia era improcedente devido à ausência de provas.
Justiça entendeu que não existem provas suficientes contra o vereador ‘Lauro Garçom do Semáforo’, de Cacoal (RO) (Reprodução/Acervo Pessoal)
Fora do ‘jogo’
Mesmo agora, considerado inocente, Kloch permanece fora da atual formação da Câmara de Vereadores, na cidade de Cacoal. Depois que foi preso, ele foi substituído pelo suplente, também do PSD, Pedro Rabelo.
No mês passado, Lauro pediu para voltar ao cargo, após ter deixado a prisão enquanto aguardava julgamento, mas o pedido não foi aprovado. Fora isso, tramita ainda um processo de cassação contra o vereador na Casa.
Nesta quinta-feira, 17, o procurador efetivo da Câmara Municipal de Cacoal, Tony Pablo Castro Chaves, disse à CENARIUM que a absolvição criminal não impede a continuidade da tramitação do pedido, na Câmara, por quebra de decoro parlamentar, e que também não altera a decisão do plenário pelo afastamento de Lauro Costa Kloch.
“Portanto, o suplente deve continuar no exercício de seu mandato até eventual decisão, em sentido contrário, do Poder Legislativo Municipal, inclusive, no sentido de autorizar o retorno do vereador afastado ao cargo”, afirmou Tony Pablo.
Em uma rede social, o também parlamentar, vereador Dr. Paulo Henrique (PTB), que é advogado e fez a defesa de Lauro, comemorou a absolvição do colega. “Não defendi um estuprador, defendi um inocente!”, publicou.
O vereador Dr. Paulo Henrique (PTB), à esquerda; Lauro Costa Kloch (PSD), no centro, e o vereador João Paulo Pichek (Republicanos) à direita (Reprodução/Redes Sociais)
Quem é ‘Lauro Garçom’
Aos 26 anos, Lauro Costa Kloch ficou conhecido como “Garçom do Semáforo” por trabalhar vestido de acordo com a profissão, vendendo água mineral, água de coco e outros itens em ruas e avenidas de Cacoal.
‘Lauro Garçom do Semáforo’ antes de se tornar vereador do município de Cacoal (Reprodução/Redes Sociais)
Ele foi eleito como o 7° vereador mais votado na cidade, em 2020, com cerca de 700 votos. No ano passado, também foi eleito suplente para a Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO).
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