O Ministério Público estadual (MP-RO) sinalizou, favoravelmente, ao alvará de soltura elaborado pelos advogados do político. Paulo Henrique dos Santos Silva, que compõe a equipe jurídica de Kloch, detalhou à REVISTA CENARIUM como deve funcionar a soltura do vereador.
Segundo a defesa, não existem provas concretas que apontem Lauro Kloch como o autor do crime. “Nós aguardamos, de forma ansiosa, até o fim desse processo para mostrar a absolvição e a inocência do vereador”, afirmou o advogado.
Lauro Kloch durante sessão na Câmara Municipal de Cacoal (Reprodução/Acervo Pessoal)
Elementos ‘insuficientes’
O MP-RO também sustenta a inexistência de elementos capazes de colocar Lauro na prisão. Apesar disso, o MP vai pedir a imposição de medidas restritivas contra o vereador, enquanto a investigação estiver em curso, como a proibição de frequentar bares e, até mesmo, sair da cidade de Cacoal.
Acusações
A Polícia Civil de Rondônia (PC-RO) investiga o político como suspeito de violência sexual contra uma menina que, à época, tinha 13 anos. O crime ocorreu, segundo a polícia e os autos do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), há quase dez anos, na cidade de Itapuã do Oeste, no interior do Estado.
O advogado ainda diz que, quem teria cometido o crime de estupro de vulnerável, na verdade, é o esposo da vítima, que tem dois filhos com ela. Paulo Henrique declarou essas afirmações em sessão na tribuna da Casa Legislativa.
“Ao ser preso, o agressor declarou que tinha tentado matar Lauro porque ele sentiu ciúmes da namorada (…) o ‘camarada’ que agrediu Lauro Kloch com as facadas foi absolvido pelo crime de estupro de vulnerável porque ele se casou com a moça, tem dois filhos, e vive com ela até os dias atuais. Ele foi condenado por tentativa de homicídio, por dois anos e oito meses, contra o vereadorque, à época, era só Lauro”, disse.
O advogado de Lauro Kloch e também vereador de Cacoal, Dr. Paulo Henrique (PTB) (Reprodução/Câmara Municipal de Cacoal)
“Lauro deixou de comparecer no processo. Saiu de Itapuã, levou as facadas, ficou na UTI, depois mudou para Ariquemes (a 202 quilômetros de Porto Velho). E, aí, o restante, toda a população de Cacoal sabe, porque ele se mudou para Cacoal, foi vender água de coco na rua, conquistou a população e obteve um mandato aqui nessa Casa, que vai até 2024”, acrescentou o advogado e vereador.
‘Conspiração’
Em Sessão Ordinária, parlamentares de Cacoal interpretaram toda a situação envolvendo o colega vereador como uma “conspiração política” para “reforçar a base aliada do prefeito” Adailton Fúria (PSD) e repudiaram o pedido de cassação protocolado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) contra Lauro “Garçom”.
Na tribuna da Casa, o vereador Valdomiro Corá (MDB), afirmou, por exemplo, que o pedido pode ser uma manobra para favorecer representantes substitutos. “Aqui, se algum suplente pudesse matar um vereador e ninguém descobrisse, eles matariam [sic]”, declarou Corá.
Já em entrevista à CENARIUM, o presidente do PSB na cidade, Antonio Carlos dos Santos Junior, o “Toninho do Jornal” rebateu as afirmações.
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