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Vereadora Erika Hilton recebe prêmio por ativismo LGBTQIA+ no MTV EMA
Vereadora de São Paulo Erika Hilton (PSOL). (Rafael Canoba)
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14 de novembro de 2021
Com informações do Portal IG
A vereadora de São Paulo Erika Hilton (PSOL) será homenageada ao lado de outros quatro ativistas LGBTQIA+ no MTV European Music Awards, conhecido como MTV EMA, que acontece neste domingo, 14, por sua trajetória em prol dos direitos LGBT no Brasil. Todos os anos, o evento reúne alguns dos grandes nomes da música mundial.
Todas as pessoas homenageadas pelo prêmio 2021 MTV EMA Generation Change Award são ativistas LGBTQIA+ e Erika representa a América Latina. Também serão premiados Amir Ashou, do Iraque; Matthew Blaise, da Nigéria, país conhecido como um dos mais duros em relação às leis anti-LGBT; Sage Dolan-Sandrino, dos Estados Unidos; e Viktória Radványi, da Hungria.
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“Para mim, ser premiada como geração da mudança pela MTV European Music Awards, junto com quatro ativistas LGBTs de outros continentes, em uma conjuntura de recrudescimento à perseguição contra nossa comunidade em diversos países é uma imensa responsabilidade de dar visibilidade mundial às nossas lutas e pautas, de mostrar para as pessoas LGBT de todo o mundo que é possível sermos quem somos sem medo”, conta Erika com exclusividade ao iG Queer.
O perfil oficial do MTV EMA também divulgou um vídeo de Erika falando sobre a premiação. “Eu sou uma mulher negra, travesti, e venho do primeiro país do mundo que mais mata essa população”, diz. Erika também conta sobre sua trajetória, desde a prostituição até se tornar a mulher mais votada em todo o país nas eleições de 2020.
“Meu trabalho consiste em informar e conscientizar a sociedade através de palestras, de políticas públicas, de projetos de leis, do fomento com emendas parlamentares para que essas iniciativas possam se lastrar e se ramificar na sociedade, para que tenha, de fato, uma sociedade equânime, justa, participativa e que não combata mais a existência, o corpo e os direitos da comunidade LGBTQIA+”, diz no vídeo.
Este ano, a escolha dos indicados foi feita em parceria com o grupo de defesa LGBTQ+ All Out. Além do prêmio e das homenagens na premiação, cada ativista escolherá uma organização para receber uma doação em dinheiro da MTV.
Nos últimos meses, o país aprovou uma série de leis anti-LGBT, incluindo a lei que “proíbe a divulgação da homossexualidade”, similar à lei “anti propaganda LGBT” da Rússia. No entanto, a organização do evento quis manter o MTV EMAs no país, como forma de resistência por parte das pessoas LGBT.
“Estamos honrados em usar nosso maior evento musical global para iluminar cinco jovens líderes inspiradores que estão defendendo os direitos LGBTQ+ e impulsionando mudanças significativas em torno do mundo. A MTV e a All Out têm orgulho de ampliar suas vozes e celebrar seu incrível trabalho, em ajudar a espalhar o amor e a igualdade. Eles são um farol de esperança para todos nós”, declarou Chris McCarthy, CEO da MTV, à Teen Vogue dos Estados Unidos.
Amir é estudante na Escola de Direito de Harvard e fundou a primeira organização LGBTQIA+ do Iraque, o IraQueer. Atualmente, ele é presidente do conselho do grupo. Ashour se uniu a outras organizações de direitos humanos para defender profissionais do sexo, casamento igualitário, mulheres, além de outras causas interseccionais.
Matthew é uma pessoa gay não binária que utiliza as redes sociais de seu país para alertar e combater as injustiças contra pessoas LGBTQIA+ na Nigéria. Matthew criou o projeto The Oasis Project para buscar humanizar pessoas queer dentro do país. Sua organização criou a hashtag #EndHomophobiaInNigeria, que pede que os assassinatos contra pessoas gays parem de acontecer no país.
Mulher trans afro-cubana residente nos Estados Unidos, Sage é fundadora do The TEAM Mag, uma revista digital que tem como intuito contar histórias de outras pessoas. Ela se tornou uma pessoa importante para o movimento trans desde sua transição de gênero, aos 13 anos. Durante a gestão de Barack Obama, ela chegou a ser embaixadora da Iniciativa da Casa Branca para Excelência Educacional para afro-americanos.
Ativista na Hungria, onde a premiação acontecerá, Viktória faz parte do conselho Budapest Pride, primeira ONG LGBTQIA+ feminista e antirracista do país, com base no trabalho voluntário. Com essa organização, ela tem ido contra a criação de leis anti-LGBT no país. A Budapest Pride também ampara pessoas LGBTQ+ que foram reprimidas historicamente pela LGBTfobia institucionalizada no país.
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