Vereadores se articulam para disputar mesa diretora da Câmara de Boa Vista

BOA VISTA (RR) – A corrida pela presidência e pela mesa diretora da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV) começou poucas semanas após as eleições municipais que definiram os vereadores e o prefeito da capital de Roraima. Os candidatos que forem escolhidos para compor a mesa devem assumir em janeiro de 2025 e ficar no cargo até o ano de 2028.

Ainda que não tenha nenhum nome oficial para a disputa da Presidência da Câmara, alguns vereadores eleitos estão sendo cogitados nos bastidores da política roraimense. Para entender os possíveis nomes, é necessário apontar os lados políticos de cada vereador. Segundo fontes da CENARIUM, o cenário político se apresenta favorável para base do prefeito reeleito Arthur Henrique.

Dessa forma, a reportagem dividiu os lados políticos em três, sendo eles: base, oposição e dúvidas. Os vereadores que devem compor a base de Arthur Henrique são: Júlio Cézar Medeiros (MDB), Manoel Neves (Republicanos), Adjalma Gonçalves (Podemos), Tuti Lopes (Podemos), Adnan Lima (DC), Carol Dantas (PSD), Bruno Perez (MDB), Vavá Do Thianguá (MDB) e Fogaça (MDB).

Os vereadores que tendem a seguir a base são: Roberto Franco (DC), Insp Daniel Mangabeira (PDT) e Thiago Saraiva (PSD). Enquanto Deyvid Carneiro (União), Jeu Nunes (PDT), Pr Gill Rocha (Podemos), Professor Thiago Reis (PSD) e Marcelo Nunes (PDT) só devem assumir um lado após o mês de janeiro.

Por fim, a oposição deve ser composta por Italo Otavio (Republicanos), Genilson Costa (Republicanos), Walkiria Ribeiro (Republicanos), Barbara Falcão (Progressistas), Aline Rezende (Progressistas) e Pastora Carla Messias (Progressistas). Até o momento, os bastidores indicam nomes como de Genilson e de Italo Otavio para disputar a Presidência.

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Por outro lado, pela base do prefeito Arthur Henrique, nomes do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB) são os mais fortes para assumir a presidência ou cadeiras da mesa diretora. Entre os nomes mais fortes está o do vereador Júlio Cézar Medeiros (MDB). Ainda da base, outros candidatos cotados são Adjalma Gonçalves (PODE) e Adnan Lima (DC).

Força política

Com uma vantagem expressiva, o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique (MDB) se reelegeu por mais quatro anos a frente da prefeitura municipal. O eleitorado garantiu a reeleição com 133.180 votos (75,18% do total de votos válidos). O tenente-coronel Zeitoune (PL) é o seu vice. Na Câmara Municipal de Boa Vista, a base também garantiu cadeiras.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi registrado o comparecimento de 183.911 eleitoras e eleitores (79,21%) às urnas. O total de votos em branco foi de 2.411 (1,31%), e os votos nulos contabilizaram 4.343 (2,36%). O índice de abstenção foi de 48.261 (20,79%). 

O resultado das eleições municipais 2024 aponta um aumento do centro-direita dentro do município. Confira os vereadores eleitos (os reeleitos estão em destaque):

1. Roberto Franco (DC) – 4.043 votos;
2. Italo Otavio (Republicanos) – 4.024 votos;
3. Genilson Costa (Republicanos) – 3.744 votos;
4. Júlio Cézar Medeiros (MDB) – 3.695 votos;
5. Manoel Neves (Republicanos) – 3.372 votos;
6. Marcelo Nunes (PDT) – 3.284 votos;
7. Walkiria Ribeiro (Republicanos) – 3.275 votos;
8. Barbara Falcão (Progressistas) – 3.254 votos;
9. Professor Thiago Reis (PSD) – 3.043 votos;
10. Adjalma Gonçalves (Podemos) – 2.812 votos;
11. Aline Rezende (Progressistas) – 2.779 votos;
12. Tuti Lopes (Podemos) – 2.704 votos;
13. Adnan Lima (DC) – 2.687 votos;
14. Carol Dantas (PSD) – 2.647 votos;
15. Pr Gill Rocha (Podemos) – 2.634 votos;
16. Bruno Perez (MDB) – 2.609 votos;
17. Vavá Do Thianguá (MDB) – 2.481 votos;
18. Pastora Carla Messias (Progressistas) – 2.432 votos;
19. Fogaça (MDB) – 2.387 votos;
20. Insp Daniel Mangabeira (PDT) – 2.242 votos;
21. Thiago Saraiva (PSD) – 2.183 votos;
22. Deyvid Carneiro (União) – 2.046 votos.
23. Jeu Nunes (PDT) – 2.017 votos.

Os partidos que se destacaram com o maior número de cadeiras foi o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e Republicanos, ambos com quatro. Em seguida, com três cadeiras têm o Partido Democrático Trabalhista (PDT), Progressista (PP), Partido Social Democrático (PSD) e Podemos (PODE). Por fim, o Partido Democracia Cristã (DC) ficou com duas cadeiras e o União Brasil com uma.

Conforme o cientista político Paulo Rakoski, Arthur não terá dificuldades políticas no seu mandato. As alianças políticas tiveram resultados positivos, considerando os vereadores eleitos.

“A partir do ano de 2025, na virada do janeiro, tudo indica que Arthur Henrique não vai ter dificuldade, pela própria coligação que elegeu ele, e também um organograma dentro da Câmara de Vereadores, que não vai trazer muita dificuldade política nesse sentido. Outro fenômeno, por questão ideológica, justamente porque ele pegou um vice à direita. Então, são esses fenômenos que estão marcados dentro da ciência política”, destacou Paulo.

Editado por Marcela Leiros
Revisado por Gustavo Gilona