Vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta é indiciado por agredir a mulher

Otaviano Pivetta e a mulher, a advogada Viviane Kawamoto (Reprodução)

Com informações do jornal O GLOBO

RIO — O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, foi indiciado pela Polícia Civil de Santa Catarina por de lesão corporal leve sob a suspeita de agressão contra a sua mulher, a advogada Viviane Cristina Kawamoto Pivetta. Ele nega o crime. O GLOBO entrou em contato, por e-mail, com a Polícia Civil de SC, que confirmou o indiciamento. A assessoria de imprensa do governo do MT informou que não se manifestará a respeito do assunto.

A agressão teria ocorrido no dia 7 de julho, quando o casal estava na casa de Pivetta em Itapema, no litoral de Santa Catarina. Na ocasião, Viviane acionou a polícia duas vezes: na primeira desligou em falar nada e, na segunda, disse que havia sido agredida pelo marido. Agentes foram à residência e levaram o casal para uma delegacia. As informações são do portal “Metrópoles”.

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Aos policiais, Pivetta negou a agressão e alegou que a mulher havia se machucado ao tentar morder uma de suas mãos. Ele pagou uma fiança de R$ 6,6 mil e deixou a delegacia na madrugada do dia seguinte.

Um laudo do Corpo de Bombeiros de Itapema, divulgado nesta segunda-feira, comprovou a agressão. O documento aponta escoriações e hematomas na testa, nos braços e nas coxas de Viviane.

Nota cita agressão

Há uma semana, Pivetta divulgou uma nota, reproduzida pelo “Metrópoles”, dizendo que “o boletim de ocorrência registrado não condiz com o que realmente ocorreu” e que o episódio foi um “desentendimento:

“O vice-governador Otaviano Pivetta e sua esposa Viviane Kawamoto Pivetta informam que o desentendimento em Itapema, Santa Catarina, no dia 7 de julho, se tratou de uma discussão de casal e o boletim de ocorrência registrado não condiz com o que realmente ocorreu. Otaviano e Viviane têm o mesmo defensor, que já está atuando para arquivar o caso. Por ser uma questão pessoal, o casal informa que o caso diz respeito apenas ao âmbito familiar”.

Em redes sociais circula um vídeo postado por Viviane negando a agressão. Segundo a postagem dela no Instagram, ela diz que teve uma discussão com o marido e que o casal está bem. Nesta terça-feira, o perfil da advogada está como conta privada.

‘Fatídica noite de intempestividades’, diz advogado

O advogado Rodrigo Cyrineu, que representa Pivetta, frisou, em nota, que tanto ele quanto Viviane negaram as agressões. Para ele, o episódio foi uma “fatídica noite de intempestividade aliada à interpretação equivocada e draconiana da norma penal por parte da Polícia Militar de Santa Catarina”, o que acabou resultando “na elaboração do noticiado boletim de ocorrência”. Cyrineu disse ainda estar certo que o caso será arquivado.

1. O procedimento preliminar que tramita no Estado de Santa Catarina, atualmente sob fiscalização do Poder Judiciário catarinense, encontra-se sob a tarja do segredo de justiça, o que implica, via de regra, na impossibilidade de maiores considerações sobre os fatos lá tratados.

2. A despeito disso, considerando a divulgação reiterada pela imprensa, é forçoso realçar a fala pública do casal, inclusive com postagens em redes sociais, no sentido da inexistência de agressões a atrair a aplicação da legislação de regência.

3. Uma fatídica noite de intempestividades, aliada à interpretação equivocada e draconiana da norma penal por parte da Polícia Militar de Santa Catarina, redundaram na elaboração do noticiado boletim de ocorrência.

4. A realidade, entretanto, é absolutamente diversa e está sendo pormenorizadamente justificada perante as autoridades competentes em manifestação conjunta do casal que foi e voltou unido da Delegacia, retornando calma e pacificamente ao apartamento de veraneio.

5. A história irrepreensível de Otaviano Pivetta na esfera familiar depõe a seu favor como melhor e mais insuspeita testemunha, não havendo qualquer registro passado de incidentes desta natureza que justifique qualquer suspeita ou permita quaisquer pré-julgamentos.

6. A família é a maior prejudicada com a exploração excessiva de sua vida íntima e encarecidamente pede respeito e compreensão de toda a sociedade.

7. Sem possibilidade de maiores digressões em razão do sigilo imposto ao caso, a banca de defesa se limita a esclarecer em breves linhas o ocorrido, certa de seu arquivamento.

Cuiabá, 03 de agosto de 2021.

Rodrigo Cyrineu

Advogado”

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