Vídeo: após bloqueio de caminhões, enfermeira empurra maca em estrada de terra na Transmazônica


13 de fevereiro de 2021
Enfermeira empurrando a maca com um paciente com Covid-19 por causa de bloqueio a carros durante protesto na rodovia Transamazônica, no Pará (Reprodução/Folhapress)
Enfermeira empurrando a maca com um paciente com Covid-19 por causa de bloqueio a carros durante protesto na rodovia Transamazônica, no Pará (Reprodução/Folhapress)

Com informações Folha de S. Paulo

SANTARÉM – Uma enfermeira precisou empurrar uma maca com uma paciente pela estrada de terra em trecho da rodovia Transmazônica, no Pará, por causa de um bloqueio de caminhões na via nessa sexta-feira, 12. O caso aconteceu entre o km 30 e o distrito de Miritituba, em Itaituba, oeste do estado.

Dois caminhoneiros bloquearam o trecho, como forma de protesto por acidentes no trecho. Segundo uma funcionária do Hospital Municipal de Rurópolis, uma ambulância transferia a paciente para o Hospital Regional do Tapajós, em Itaituba, quando as duas carretas bloquearam a rodovia, impedindo a passagem do veículo.

Sem negociação com os caminhoneiros, uma enfermeira e o motorista da ambulância empurraram a maca com a paciente por cerca de dois quilômetros em trecho de terra até conseguir alcançar outro veículo para chegar ao porto de Miritituba.

No porto, uma ambulância socorreu a paciente, ainda na balsa que faz a travessia para Itaituba. A paciente foi internada e, segundo os profissionais de saúde, está estável.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Itaituba confirmou que a equipe de profissionais de saúde foi impedida de passar na ambulância, que lamenta o episódio e que se solidariza com a equipe pelo ocorrido.

Segundo a Prefeitura de Rurópolis, a cidade está com 2.570 casos confirmados de Covid-19 e 31 mortes. Alguns dos casos mais graves do município foram levados para cidades vizinhas e para Belém.

Em Itaituba, são 8.049 casos positivos da Covid-19, com 150 mortos desde o início da pandemia. Até a última semana, a capital, Belém, estava com 56% dos leitos de UTI só para casos grave de Covid-19 ocupados.

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