Vídeo: descompensado, vice-governador do AM ‘foge’ de coletiva marcada por agressão a jornalistas
O vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida. (Agência Senado/ Divulgação)
Bruno Pacheco e Carolina Givoni – Da Revista Cenarium
MANAUS – Agressões e descompensamento do vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida (sem partido), marcaram entrevista coletiva nesta quarta-feira, 28. O tumulto ocorreu quando os assessores de Almeida, que não respondeu questionamento da imprensa, teriam agredido as jornalistas Cynthia Blynk e Rosiene Carvalho após as mesmas o confrontarem sobre as investigações de fraudes e desvio de recursos na Saúde do Amazonas.
À REVISTA CENARIUM, a jornalista Cynthia Blink afirmou que foi ferida com um arranhão no braço direito e criticou a forma como a coletiva foi conduzida. “Somos jornalistas e, se vamos meio-dia para a pauta, é óbvio que queremos fazer perguntas. Não existe a possibilidade de nos proibir de fazer pergunta”, disse.
Ainda segundo Cynthia Blink, os profissionais foram acolhidos em uma sala pequena, considerando a grande quantidade de pessoas presentes e a pandemia de Covid-19. “Reclamei após anunciarem que não poderiam fazer perguntas e me posicionei mais próximo possível de onde ele iria passar”, detalhou.
Assista ao vídeo das agressões:
Nas imagens, divulgadas na internet, quando o vice-governador encerrou o pronunciamento e se deslocou para a saída, surge uma mulher loira, que faz parte da equipe dele. Ainda não identificada, a mulher teria empurrado os profissionais, fazendo barreira com os braços para que ninguém ultrapassasse.
“Ela bateu em outras pessoas também, só que as câmeras estavam para o Carlos Almeida. Tem um vídeo que mostra a mulher levantando a mão, ameaçando que vai bater na Rose, é quando nos aproximamos para protegê-la. A assessoria pega o braço da Rose com força, está gravado. Tudo filmado”, esclareceu Cynthia Blynk.
De acordo com a jornalista Cynthia Blynk, a assessora de Carlos Almeida apresentava um comportamento agressivo desde antes do início da coletiva. “Quando ela entra para uma sala, também entra o Carlos Almeida. Lá tinha um fotógrafo ou um câmera que está filmando toda a situação e filma a mulher, que bate na mão dele, fazendo um movimento para não filmar”, salientou.
Descompensamento por acusações
Depoimentos, conversas em aplicativos e documentos levantados pela Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) revelam que as relações – pessoal e institucional – entre o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e seu vice, Carlos Almeida (sem partido), ruíram em março deste ano, antes do ápice da pandemia do novo coronavírus no Amazonas. Wilson rompeu com Carlos após perceber que o vice tentava fazê-lo perder a governabilidade.
A constatação veio à tona no depoimento do próprio vice-governador à Polícia Federal e na conclusão prévia da PGR, arquivos que compõem o processo da Operação Sangria, deflagrada este ano para investigar suspeitas de superfaturamento de respiradores para atender pacientes pelo valor total de R$ 2,9 milhões.
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