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Vídeo: incêndio atinge Hospital Federal de Bonsucesso, no RJ, e pacientes são resgatados
Pacientes foram sendo retirados para outros locais do hospital, como o prédio 2 e outras unidades de saúde (Reprodução/ Internet)
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27 de outubro de 2020
Da Revista Cenarium*
RIO DE JANEIRO – Um incêndio atinge o Hospital Federal de Bonsucesso, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte do Rio, na manhã desta terça-feira. Ainda não há informações sobre feridos por causa das chamas. O fogo começou no prédio principal (chamado de prédio 1). Pacientes foram retirados para outros locais do hospital, como o prédio 2 e outras unidades de saúde.
Alguns foram levados em macas com cilindro de oxigênio para ambulâncias. Outros estão sendo levados para um galpão de pneus em frente ao hospital, chamado Rio Paiva Pneus.
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A prioridade foi a evacuação do prédio, retirando todos os pacientes. No andar de onde parece sair parte da fumaça, funcionaria uma enfermaria. Uma sala de raio-x faz os atendimentos abaixo desse andar.
Após a retirada de todos, funcionários tiram equipamentos e documentação de áreas a que podem acessar.
Presidente do Sindicato dos Médicos do Rio (SinMed RJ) Alexandre Telles contou que chegou ao hospital por volta de 9h30 para um compromisso e que o incêndio começou cerca de dez minutos depois, próximo à sala de Raio-X.
“Bombeiros levaram 20 minutos para chegar. Situação é difícil e a evacuação foi feita às pressas. Os profissionais estavam transportando pacientes em macas, lençóis, alguns deles em casos graves, entubados. É um hospital de alta complexidade e, segundo relatos de colegas, pacientes estavam passando por cirurgia hoje. O centro cirúrgico foi tomado por fumaça. Isso é prova de que a falta de manutenção dentro dos hospitais, o que denunciamos, é uma bomba relógio e coloca pacientes em risco. É preciso investimento em manutenção predial”, ressalta.
Assista ao vídeo disponível na internet do Portal UOL:
Pelo Twitter, o governador em exercício, Cláudio Castro, disse que acompanha a ocorrência de Brasília, no Distrito Federal, onde cumpre agenda acompanhado do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), André Ceciliano.
“De Brasília acompanho o incêndio no Hospital Federal de Bonsucesso. Equipes do Corpo de Bombeiros dos quartéis da Ilha do Governador, São Cristóvão, Penha e Central atuam em conjunto para combater as chamas e resgatar pacientes. Não há vítimas fatais”, escreveu.
O Centro de Operações Rio (COR) informou que por causa do incêndio a Avenida Londres está interditada a partir da Avenida Brasil. Há equipes da Polícia Militar e da CET-Rio no local. Há retenções da região.
A assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros informou que equipes do quartel do Fundão foram acionadas às 9h50. Depois, outros 11 foram em apoio.
O Hospital Federal de Bonsucesso faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS) desde os anos 1990. De acordo com o site da instituição, a unidade é a maior da rede pública do Estado do Rio de Janeiro em volume geral de atendimentos mensais. Em média, são realizadas 15 mil consultas ambulatoriais, 1.300 internações, 1.200 atendimentos de emergência, 120 mil exames laboratoriais e 5 mil exames de imagem no local por mês. A unidade é referência em procedimentos cirúrgicos e oferece atendimento para mais de 50 especialidades médicas.
Referência para tratamento de Covid-19
Em março, o hospital foi anunciado pelo Ministério da Saúde como referência para o tratamento de pacientes com Covid-19 no Rio. Foram liberadas 240 vagas exclusivas para a doença. Em maio, o EXTRA mostrou que funcionário do local se queixavam da transformação, que teria feito com que unidade se tornasse um “prédio fantasma”, deixando de oferecer 28 serviços especializados de média e alta complexidade no prédio 1. Na época, o diretor do corpo clínico do hospital, Julio Noronha, classificou a decisão como um “erro”.
“Foi um erro estratégico acabar com o Hospital Federal de Bonsucesso. É uma desgraça. Agora ele não é nem referência em tratamento para Covid-19 nem o hospital que era”, avaliou.
Risco de incêndio
Nas redes sociais, as pessoas lamentam o episódio no hospital nesta manhã. Uma delas lembra que, em setembro do ano passado, o Corpo de Bombeiros alertou sobre o riscos de incêndios na unidade de saúde. Durante uma vistoria na época, a corporação identificou hidrantes desativados com mangueiras danificadas, falta de detector de fumaça e sprinklers.
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