Vídeo: policiais treinam nova matilha para combater crime organizado e narcotráfico no AM

A nova matilha tem três meses de idade e eles são filhos de duas cadelas policiais da Cipcães (Reprodução/PMAM)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – Filhotes da primeira cruza de cães da Companhia Independente de Policiamento com Cães (Cipcães) da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) começaram a receber treinamentos em abril deste ano, para atuarem no combate ao crime organizado e ao narcotráfico no Estado. A nova matilha tem três meses de idade e eles são filhos de duas cadelas policiais: a Havana e a Fiona, com excelência aptidão para o faro.

De acordo com o capitão Newton Neto, da companhia, Havana é especialista em detecção de narcóticos e a Fiona farejar corpos. “O pai, Phantom, também não fica atrás, pois é da modalidade policial de ‘Busca e Captura’ e, inclusive, é um cão piloto em um projeto pioneiro de implementação desses cães nas doutrinas de patrulhamento de selva, em um trabalho desenvolvido junto ao Cigs (Centro de Instrução de Guerra na Selva), do Exército Brasileiro”, destacou o policial à REVISTA CENARIUM.

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Os animais são da raça Pastor Belga de Malinois que, segundo Neto, é uma raça que está em destaque como cão policial no mundo inteiro, em virtude da grande versatilidade na empregabilidade. “Após uma série de estudos e testes, os Malinois demonstraram uma excelente adaptação ao clima e às características geográficas amazônicas e esses cães, Havana, Fiona e Phantom, dentre os cães da própria raça, se destacam por uma aptidão muito acima do convencional, podendo ser reconhecidos como verdadeiros prodígios nas atividades que exercem na defesa da sociedade amazonense”, salientou o capitão.

Sucesso

Nas redes sociais, a nova matilha ganhou o coração dos internautas. Em um vídeo compartilhado pela PM-AM em abril deste ano, no qual a corporação apresenta os cães à sociedade, mais de 500 comentários tomaram conta da publicação. Até este sábado, 8, o vídeo conta com mais de 34 mil visualizações.

O capitão Newton Neto conta à REVISTA CENARIUM que os filhotes iniciam os treinamentos desde o momento que nascem, passando por processos de socialização e adaptação a terrenos, condições climáticas e ruídos, além de estímulos para apurar e otimizar os sistemas sensoriais dos animais. A adestração ocorre com o apoio diurno dos policiais atuantes na Cipcães.

“Após essa primeira fase, que dura do nascimento até aproximadamente 90 dias, se iniciam as fases de potencialização, com a escolha do brinquedo preferido do cão e, aí sim, começam a ser treinados nas atividades específicas voltadas ao trabalho policial, levando aproximadamente um ano para serem considerados prontos para o Serviço”, frisou.

Nova matilha de cães da Polícia Militar do Amazonas (Divulgação/PMAM)

Treinamentos

Ao longo dos treinamentos, os cães são preparados de acordo com cada modalidade, entre elas: guarda e proteção; detecção de narcóticos; detecção de armamentos; detecção de explosivos; busca e resgate; busca e ruptura; e cães de exposição.

“Cada cão é treinado para uma atividade específica, em virtude das necessidades e características diferentes tanto no emprego quanto no treinamento, que devem ser direcionados e conduzidos pelo nosso efetivo humano, que é qualificado tecnicamente através de cursos próprios da companhia, assim como de outras forças policiais do Amazonas e de outros Estados, Forças Armadas e de polícias internacionais”, ressaltou Newton Neto.

Ao passo em que os animais considerados prontos para o serviço, explica o policial, eles atuam nas respectivas atividades na defesa e garantia da segurança pública por, aproximadamente, sete anos, quando são aposentados e entregues aos cuidados do policial militar que o adestrou e conduziu durante sua vida inteira.

“A Polícia Militar garante todos os cuidados para a saúde e bem-estar dos cães, de maneira que a Cipcães conta com um corpo de veterinários do Centro de Veterinária da PM-AM à disposição dos cães 24 horas por dia, além de estrutura para cirurgias e pronto atendimento dos animais. Cada cão tem seu box próprio, seus momentos de laser, higiene, alimentação e nutrição regradas e acompanhadas pelos veterinários e auxiliares veterinários, para que tenham a melhor qualidade de vida e condições de trabalho para atender com excelência a sociedade amazonense no combate à criminalidade e suas ramificações”, finalizou o capitão Newton Neto.

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