Esta cultura do cancelamento também existe no casamento muito antes desta expressão existir da forma como é usada hoje.
O cancelamento ocorre quando há assédio moral. Quando um cônjuge começa a abusar psicologicamente do outro.
Passa a só colocar defeitos no outro.
Não valoriza nada.
Sempre o diminui, tanto quando está sozinho quanto quando está na frente de outras pessoas.
Tenta destruí-lo emocionalmente.
E isso, infelizmente, é muito mais comum do que se imagina.
Fico abismada, pois conheço inúmeras mulheres e homens inteligentes, simpáticos, agradáveis, interessantes que foram alvo de cancelamento.
Isso é simplesmente abominável.
E deixa cicatrizes terríveis.
E o pior é que o cancelado muitas vezes não percebe isso durante a situação.
Na maior parte dos casos, só vai perceber tempos depois.
Isso é jogo sujo.
Desonestidade.
Traição.
Traição não é somente ter relacionamento com outra pessoa. É também trair o relacionamento, trair a personalidade, trair o compromisso de cuidar daquele que dedicou um tempo precioso de sua vida a você.
Por menos cancelamentos e mais honestidade nas relações!
NINGUÉM é obrigado a se manter casado. NINGUÉM.
Mas é obrigado a respeitar e tratar com dignidade.
Mas infelizmente, há quem sequer saiba o que é isso atualmente.
Tempos difíceis!
(*)Flávia Oleare é advogada civilista, especialista em direito de família e sucessões. É membro da Comissão de Direito de Família e Sucessóes e da Comissão de Idosos da OAB. Sócia do escritório Oleare e Torezani Advocacia e Consultoria.
Compartilhe:
Comentários