Você tem mania de se comparar com outras pessoas do universo virtual?

É inevitável, então, fazer comparações entre você e esses indivíduos, em determinados momentos, porém, em alguns momentos elas não são muito saudáveis ou produtivas, pois, a comparação no mundo digital e até na vida real pode acarretar a sensação de ausência de algo em nossas vidas. Na verdade, não há problema quando você sabe os tipos de comparações que podem ajudá-lo a conquistar metas e trabalhar a sua autoestima.

É normal olhar para outras pessoas, principalmente, as que conquistaram os mesmos objetivos que você definiu para si, ou passaram pelas experiências almejadas por você, e fazer comparações para compreender como chegaram lá.

Do mesmo modo, é provável que você – secretamente ou não – já tenha sido alvo de comparação de outras pessoas. Em um processo seletivo, por exemplo, as suas aptidões e conhecimentos precisaram ser comparados com a dos outros candidatos.

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Entretanto, são poucos os indivíduos que sabem fazer essa distinção ou dosar a quantidade de comparações feitas no dia a dia. Eles exageram e acabam enaltecendo a vida alheia, colocando outras pessoas (às vezes, nem sequer conhecidas) em um pedestal inalcançável.

As redes sociais permitem conexões com pessoas de todos os lugares do mundo. Não podemos negar que existe o lado positivo do mundo digital, como a possibilidade de dividirmos experiências, aprendizados e termos inspirações. Contudo, o que tem acontecido, na atualidade, é o habito de comparação, na maior parte das vezes inconsciente, com algo que, na verdade, é fora da nossa realidade e muitas vezes inatingível. Afinal, ninguém consegue compartilhar tudo o que está realmente dentro de si.

Cada um tem a sua história, e é impossível você comparar a sua vida com a de outra pessoa, as comparações podem ser úteis quando feitas com sabedoria, mas isso raramente acontece. E quando acontece, essas comparações despertam reflexões benéficas, as quais podem catalisar a sua trajetória de autorrealização, tais como “O que eu preciso fazer/aprender/dizer para chegar lá também?”.

O problema de fazer comparações surge quando os questionamentos começam a envolver a sua identidade e valor. Essas comparações desencadeiam pensamentos negativos que tentam roubar a sua felicidade.

Nesse contexto, passamos erroneamente a pensar que nos falta algo, em vez de entender e aceitar que cada um de nós somos únicos. Com certeza existem diversas pessoas que fazem a mesma coisa que você, mas só existe uma pessoa fazendo exatamente como você faz: VOCÊ.

Mais do que isto, cada pessoa tem uma caminhada com desafios diferentes na vida. Esta comparação acaba nos desconectando da nossa própria essência, criando a impressão que precisamos conquistar ou comprar mais coisas fora para ter uma vida feliz.

Pode ser que, para encontrar a sua identidade e lugar no mundo, você tenha feito comparações excessivas e de caráter negativo. Várias pessoas têm o hábito ruim de se comparar com quem tem uma condição financeira melhor, uma beleza admirável, um círculo social cheio e uma vida amorosa agitada.

Em vez de usarem esses indivíduos como fontes de inspiração para construir o seu modo de vida ideal, elas os usam para aumentar o seu sofrimento. Elas pensam: “Por que eu não consigo ser tão rico/competente/bonito/popular?” e dedicam horas de suas vidas para fazer comparações que ferem a sua autoestima.

Aos poucos, começam a se punir por não serem boas o suficiente, se autossabotar e fazer mais comparações nocivas para a saúde mental.

De tal modo, o mundo digital acaba criando pessoas que estão, constantemente, à procura de novos bens materiais ou um corpo/imagem perfeitos. Imaginam que quando tiverem isto, suas vidas estarão resolvidas. E, na verdade, este sentimento só paralisa você, porque a vida acontece no hoje, não acontece no passado (depressão), nem no futuro imaginado (ansiedade).

Quando paramos de nos compararmos e buscamos, em nós, o mais puro e verdadeiro que temos para dar, nossa essência vem, flui naturalmente. Portanto, temos a oportunidade de descobrir a maneira de fazer as coisas, aceitando nossas qualidades, defeitos, erros e desafios.

Ainda nos conectamos com o sentimento da gratidão de sermos, justamente, como somos. Somos, então, preenchidos por algo que ninguém pode nos tirar: a alegria de ser quem se é fielmente. Enfim, não existe ninguém igual a gente no mundo, não é verdade? Devemos aprender a encontrar mais leveza em nossa caminhada e com todos os nossos aprendizados.

Algo legal a ressaltar é que tudo o que vemos no outro é um reflexo das coisas que temos guardadas em nós e ainda não processamos e associamos.

Na perspectiva, seguimos uma pessoa nas redes sociais porque achamos ela comunicativa e gostaríamos de ser como ela é. Essa atitude mostra que nos identificamos, isso é porque esta característica também está dentro de você esperando para ser aproveitada, então, aproveite o que você notou no outro de positivo ou de negativo, nas redes sociais, como uma oportunidade de auto-observação.

Cada um de nós é um ser, separado fisicamente, para distinguirmos as nossas energias, as nossas emoções, interpretá-las e amá-las. Estamos aqui para aprendermos a amar o nosso próprio reflexo no espelho dentro (nós mesmos) e fora de nós (nos outros).

E para finalizar, resta apenas uma dica: Não faça comparações, busque inspirações. Ao amarmos nossa luz e a nossa sombra teremos a possibilidade de ajudar outras pessoas neste processo. Ninguém é melhor que ninguém, todos somos únicos.

Terapeuta e Palestrante formada em psicanálise e hipnoterapia clínica verbal e não verbal pelo Instituto Lucas Naves, Omni Hypnosis Training Center e pelo Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica (IBPC).

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(*)Articulista Cenarium, Terapeuta e Palestrante formada em psicanálise e hipnoterapia clínica verbal e não verbal.

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