Volta do Congresso tem 2ª temporada da CPI, ‘Caso Flordelis’ e voto impresso

Os "próximos episódios" das sessões no Congresso Nacional são de arrepiar (Reprodução/Internet)
Via Brasília – Da Cenarium

CPI da Covid

Os próximos episódios das sessões no Congresso Nacional são de arrepiar! Tem para todos os gostos, de triller policial, suspense à encenação política. Sucesso de audiência, a CPI da Pandemia, que tem como “set” o Senado Federal, volta à carga apontando as omissões do governo federal no enfrentamento da Covid-19. Para desgosto do presidente Jair Bolsonaro, em agosto a CPI passará a ter a colaboração técnica da CPMI das Fake News.

Vez das Plataformas

A intenção é investigar uma possível rede de disseminação de notícias falsas sobre temas como a eficácia das vacinas contra o coronavírus e a existência de “tratamentos precoces.” A pressão também incidirá sobre as plataformas Facebook, Instagram, Twitter e Youtube e sua responsabilização na disseminação da desinformação que mata.

Thriller policial

Na categoria policial, a Câmara dos Deputados deverá se debruçar sobre o caso da deputada e pastora Flordelis (PSD-RJ), que teve aprovada a cassação do seu mandato no Conselho de Ética por quebra de decoro e pelo suposto envolvimento no assassinato do marido, o também pastor Anderson do Carmo. Flordelis entrou recurso, já negado na CCJ, o que indica que a Mesa Diretora deverá a ler o processo em plenário, se seguir o rito processual.

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Aliada de Bolsonaro

Da banda “bolsonarista”, a deputada pode, ainda, ser beneficiada por uma manobra regimental do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), caso opte por procrastinar a cassação da aliada. Sobre o voto impresso, Lira já prometeu aos aliados analisar a bobagem da PEC, no entanto, a proposta deverá ser abortada ainda na comissão especial, como indica a maioria dos partidos que rejeitam o modelo de votação.

Reformas e pressões

No retorno dos senadores e deputados do recesso, nesta segunda-feira (2/8), também já garantem espaço na pauta a privatização dos Correios, cujo requerimento de urgência aprovado em abril os obrigada a apreciar a matéria nas próximas sessões, e as reformas administrativa e tributária. Nas duas principais reformas em tramitação, entram em cena o teatro político e as pressões de grupos de interesse.

Grupos de Interesse

Entre os mais fortes grupos de pressão no Congresso, a classe de servidores públicos vai jogar todas as suas fichas para enterrar a reforma administrativa. Já as forças do “mercado” e do “andar de cima” trabalham nos bastidores para aliciar parlamentares e barrar a taxação de lucros e dividendos contidos no PL 2337. As movimentações parecem surtir efeito, tanto que o texto do relator, Celso Sabino (PSDB -BA), já está sendo desidratado.

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