Voto impresso perde força entre deputados na Câmara, diz levantamento

Deputado professor Israel Batista (PV-DF) é contra o voto impresso (Pablo Valadares/ Agência Câmara)
Com informações do O Globo

BRASÍLIA – Levantamento feito pelo GLOBO a partir de enquete e manifestações públicas de deputados aponta que, se a votação da emenda constitucional que prevê a adoção de voto impresso fosse hoje, a proposta seria derrotada por uma margem apertada na comissão especial. Com os partidos removendo do grupo parlamentares favoráveis ao texto, houve uma reversão de expectativa na comissão, que antes era composta por maioria favorável ao projeto defendido com frequência pelo presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o levantamento, dos 34 deputados votantes, 17 se manifestariam contra o voto impresso, e 15 seriam a favor. Um parlamentar, Paulo Ganime (Novo-RJ), aguarda uma posição do partido, enquanto o deputado Pinheiro (PP-MG) não foi localizado.

O próprio presidente da comissão, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), um defensor do voto impresso de longa data, reconhece que relatório hoje seria derrotado.

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— Se o projeto fosse votado hoje, não teria maioria para ser aprovado. Há uma pressão política externa muito grande, dos partidos e do Supremo (STF), o que é muito ruim. Aí, desequilibra. Fiz um mapa de voto. O relatório vai ter muita dificuldade. E os partidos ainda estão fazendo mudanças e trocando integrantes — disse Martins.

Autor do relatório que defende o voto impresso, o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR) já foi mais otimista e ainda tenta uma costura para aprovar o texto e evitar uma derrota. Se for derrotada na comissão, a apreciação da PEC se encerraria ali mesmo, sem seguir para o plenário. Essa é a intenção dos presidentes de 11 partidos que defendem o uso da urna eletrônica. Juntos, suas legendas totalizam mais de 300 votos no plenário. Eles querem derrubar o assunto na comissão. A votação se dará a partir da semana que vem.

— Estou tentando pacificar a questão com os partidos e evitar risco de ser derrotado, seja aqui ou no plenário. Reconheço que a votação está apertada, diria que está meio a meio. Mas o relatório não é algo imutável, vamos tentar um consenso ainda — disse Barros.

Leia matéria completa no O Globo

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