Votos brancos e nulos caem nas capitais da Amazônia Legal no 2º turno


Por: Ana Pastana

28 de outubro de 2024
Urna eletrônica e a mão de de uma pessoa (Composição: Paulo Dutra/CENARIUM)
Urna eletrônica e a mão de de uma pessoa (Composição: Paulo Dutra/CENARIUM)

MANAUS (AM) – O número de votos brancos e nulos nas capitais da Amazônia Legal, que tiveram 2º turno nas eleições municipais este ano, caiu em relação ao mesmo turno no pleito de 2020. É o que apontam os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), consultados pela CENARIUM nesta segunda-feira, 28.

Comparado com o segundo turno das capitais Manaus (AM), Belém (PA), Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT) em 2020, o 2° turno em 2024 registrou menos votos em branco ou nulos. Em comparação ao pleito de 2020, Porto Velho foi a capital que mais registrou queda com 1,44%. Apenas Belém do Pará registrou aumento nos votos em branco, com 2,03%. Em 2020, a capital paraense registrou 1,99% dos votos.

Veja os números de votos brancos e nulos de acordo com as capitais:
Votos em branco em comparação com o pleito de 2020 e 2024 (Composição de Weslley Santos/CENARIUM)
Votos nulos em comparação com o pleito de 2020 e 2024 (Composição de Weslley Santos/CENARIUM)

Apesar dos votos em branco e nulos terem diminuído em comparação ao pleito de 2020, Manaus seguiu na primeira posição entre as capitais da Amazônia Legal com mais votos nulos e em branco no segundo turno de 2024 com 30.241, equivalente a 2,73% dos votos nulos e 22.161 (2,00%) dos votos em branco. A capital mato-grossense registrou menos votos nulos e em brancos dentre as cinco capitais em 2024, com 7.234 (2,19%) e 4.852 (1,47%).

De acordo com o TSE, os votos nulos e em branco não são contabilizados aos votos válidos e nem interferem no resultado. “Votos em branco e nulos servem apenas como registro da insatisfação do eleitorado com os candidatos na disputa”, diz o órgão.

Eleitorado

Os números variam de acordo com os eleitores do município. Segundo a Emenda Constitucional 16, de 4 de junho de 1997, candidatos a prefeito e vice-prefeito disputam o segundo turno apenas em municípios que tenham mais de 200 mil eleitores. Além disso, os candidatos ao pleito precisam obter mais da metade dos votos válidos para serem eleitos em primeiro turno.

Ao todo, 15 capitais disputaram o segundo turno no País. Além das capitais dos Estados que compõem a Amazônia Legal, no Maranhão, o município de Imperatriz, e Santarém, no Pará, também disputaram as eleições em 2° turno.

Resultado

Em Manaus (AM), o atual prefeito David Almeida (Avante) garantiu a reeleição com 54,59%. Em números absolutos, o mandatário alcançou 576.171 votos. Ele disputou o pleito contra o deputado federal Alberto Neto, candidato do Partido Liberal (PL), que ficou com 45,41%, um total de 479.297 votos.

Na capital paraense, o candidato Igor Normando (MDB) foi eleito prefeito de Belém com 56,36% (421.485 votos). O adversário, Éder Mauro (PL), apoiado por Bolsonaro, terminou o pleito com 43,64%. Ele obteve 326.411 votos.

Na capital de Tocantins, Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos) venceu a disputa para a prefeitura com 53,03% (78.673 votos), sobre 46,97% (69.684) da bolsonarista Janad Valcari (PL).

Já em Porto Velho (RO), o candidato Léo Moraes (Podemos) venceu com 56,18% (135.118 votos). A candidata do União Brasil, Mariana Carvalho, favorita para vencer a disputa segundo pesquisas eleitorais, alcançou 43,82% (105.406 votos).

Na capital mato-grossense, Cuiabá, a disputa foi marcada pelo embate direto entre os partidos de Lula (PT) e Bolsonaro (PL). O candidato bolsonarista Abílio Brunini (PL) venceu a disputa com 53,80%, que representa 171.324 votos absolutos. O postulante petista Lúdio Cabral registrou 46,20% (147.127 votos).

Leia mais: Saiba quem são os prefeitos eleitos em cinco capitais da Amazônia Legal
Editado por Adrisa De Góes

O que você achou deste conteúdo?

VOLTAR PARA O TOPO