‘Vou reverter essa situação’, diz Pablo Marçal após ficar inelegível


Por: Izaías Godinho*

22 de fevereiro de 2025
‘Vou reverter essa situação’, diz Pablo Marçal após ficar inelegível
Marçal é condenado por abuso de poder político e econômica e fica inelegível por 8 anos (Divulgação)

SÃO PAULO (SP) – O influenciador digital, empresário e ex-candidato a prefeito da capital paulista Pablo Marçal postou um vídeo nas redes sociais neste sábado, 22, onde ele afirma que “vai reverter essa situação”. A declaração foi dada após o empresário ser condenado a oito anos de inelegibilidade por abuso de poder político, econômico, uso indevido de meios de comunicação social e captação ilícita de recursos.

A decisão, da primeira instância da Justiça Eleitoral de São Paulo, foi publicada na sexta-feira ,21. Cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Segundo Pablo, a campanha dele “foi a mais barata da história” e a que teve maior número de doadores, chegando a 93 mil pessoas.

“Não me curvo pra isso e não vou parar. Então se alguém tá tentando me parar aí, fica tranquilo. Por isso, tá aumentando meu tesão pela política. Nós vamos reverter essa situação“, disse.

Veja o vídeo:

A decisão

Segundo decisão do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, houve clara participação do influenciador nas ações ilegais de sua candidatura. “Não há dúvidas de sua decisiva atuação em razão do engajamento direto e pessoal por condutas ilícitas praticadas em benefício de sua candidatura”, disse na decisão. 

O juiz considerou que o ex-candidato emprestava apoio público em redes sociais em troca de dinheiro, prometendo enviar vídeos de apoio a candidatos que efetuassem pagamentos na conta de sua campanha eleitoral.

“Ficou demonstrado que o réu Pablo Marçal ofereceu apoio político por meio de vídeo para impulsionar campanha eleitoral de candidatos a vereador (que não estivessem em partidos de esquerda) em troca de doação do valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para sua campanha eleitoral. Referido fato ficou incontroverso considerando-se que não foi refutado pelos réus além de ter confirmado o recebimento de doações decorrentes do referido vídeo, bem como violou as normas que regem as eleições brasileiras, pois sua conduta configura fraude à lei que caracteriza abuso de poder”, diz o texto da decisão. 

A ação de investigação foi ajuizada por Guilherme Boulos, ex-candidato ao cargo de prefeito do município de São Paulo pela Coligação Amor por São Paulo.

Leia mais: Pablo Marçal critica Boulos, mas acumula processos trabalhistas
(*) Com informações da Agência Brasil

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