Deputado aciona TCE, MPE e MPC para impedir o uso de recursos públicos na ‘motociata’ de Bolsonaro

O deputado pediu para que medidas sejam tomadas, a fim de evitar a ilegalidade desse ato administrativo e o mau uso de recursos públicos(Reprodução/Divulgação)

Com informações da Assessoria

MANAUS – Diante da denúncia de que a Prefeitura Municipal de Manaus está montando a logística para a visita do presidente da República à cidade, inclusive assumindo a responsabilidade pela instalação das estruturas da “motociata”, com água, banheiro e mobilidade, utilizando recursos públicos municipais, o deputado federal Zé Ricardo (PT/AM) deu entrada em representação junto ao Ministério Público do Estado (MPE), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministérios Público de Contas de Estado (MPC) para que medidas sejam tomadas, a fim de evitar a ilegalidade desse ato administrativo e o mau uso de recursos públicos.

Zé Ricardo argumenta nos documentos que as tais “motociatas”, que vêm sendo realizadas em outras cidades brasileiras, são organizadas e custeadas por particulares que apoiam o presidente, com o objetivo de exibir, promover e melhorar a imagem de Bolsonaro extremamente desgastada por suas ações e omissões diante da pandemia, que causaram a morte de mais de meio milhão de pessoas, como também pelos indícios de corrupção que aparecem quase todos os dias.

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“Está mais do que claro que esse ato da Prefeitura de Manaus é uma aberta infração aos princípios administrativos estabelecidos na Constituição Federal, especialmente da legalidade, da impessoalidade e da moralidade. Portanto, é ilegal o uso de recursos públicos para dar suporte a um evento privado, de autopromoção para o Presidente, sem nenhum interesse público envolvido”, alertou Zé Ricardo.]

Ele ressalta. “O prefeito de Manaus e seus secretários não têm permissão legal para negociar apoios financeiros ou quaisquer benefícios para o Município com o Executivo Federal se comprometendo, em contrapartida, a compensar o Presidente em suas campanhas de autopromoção com recursos públicos municipais pagos pela população”, diz Zé Ricardo.

Além disso, o deputado lembra que, pelo princípio constitucional da isonomia, se a Prefeitura de Manaus vai colocar toda a estrutura municipal para apoiar esse ato privado, deveria fazer o mesmo para quaisquer atos privados semelhantes, inclusive as manifestações contra o Presidente da República que vêm crescendo em todo o país, principalmente em Manaus.

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