Com informações da Folha de S.Paulo
A Ucrânia vai abandonar as negociações de paz se a Rússia matar os militares ucranianos entrincheirados em uma gigantesca siderúrgica em Mariupol (sudeste), advertiu, neste sábado, 23, o presidente ucraniano, Volodimr Zelenski.
Dois dias depois de Moscou declarar vitória em Mariupol, dizendo que suas tropas não precisavam tomar a usina de Azovstal, forças de Moscou retomaram os ataques aéreos e por terra ao complexo onde mais de 1.000 civis estão escondidos junto com os soldados, segundo autoridades ucranianas. Moscou afirma que há 2.000 militares inimigos no local.
“Se nossos homens forem assassinados em Mariupol e se forem organizados pseudo-referendos na região de Kherson, a Ucrânia vai se retirar de todo o processo de negociação”, disse Zelenski em uma entrevista coletiva em Kiev, referindo-se também a uma proposta de consulta pública independentista por parte de separatistas russos nessa região.
Encontro com Zelenski
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o secretário de Defesa do país, Lloyd Austin, viajarão para Kiev no domingo, 24, e conversarão com o presidente Volodimir Zelenski, disse o líder ucraniano neste sábado, 23.
Será a primeira visita oficial de membros do governo americano ao país desde o início da guerra.
Em uma entrevista coletiva, Zelenski afirmou que discutiria com Blinken e Austin o tipo de armamento necessário para a Ucrânia combater a invasão da Rússia.
Ele disse também que espera que o presidente Joe Biden vá a Kiev para “apoiar o povo ucraniano”, quando a situação de segurança permitir.
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