‘Zero preocupação’, diz Bolsonaro sobre depoimentos dos irmãos Miranda na CPI da Pandemia

Bolsonaro refutou comparações com a exigência de vacinas feitas por alguns países, dizendo que cada País faz as suas regras (Pablo Jacob/Agência O Globo)

Com informações do O Globo

SÃO PAULO – O presidente Jair Bolsonaro declarou que tem “zero preocupação” com o depoimento dos irmãos Luis Ricardo Miranda (servidor) e Luis Miranda (deputado federal) à CPI da Pandemia, marcado para daqui a pouco.

Bolsonaro participou nesta manhã da cerimônia de inauguração do primeiro Centro de Excelência MCTI em Tecnologia 4.0, em Sorocaba (SP). Ao chegar no aeroporto da cidade, causou aglomeração ao cumprimentar apoiadores sem usar máscara.

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“O que o Renan tem? E o Omar Aziz? Crise de abstinência. O que os irmãos Miranda vão apresentar lá? Cara de pau pedir a prisão do Onyx”, disse a jornalistas, se referindo ao relator e ao presidente da CPI da Pandemia.

Ao lado do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), dos ministros Marcos Pontes e Fábio Faria, e do filho Eduardo, Bolsonaro negou irregularidades no contrato com a vacina indiana Covaxin e alegou que não pode participar de tudo do governo. Ele ainda disse que o valor superfaturado teria vindo “errado”, com um zero a mais.

“Faltava um zero lá. Veio 300 mil doses, eram 3 milhões. E foi corrigido no dia seguinte. Há quatro meses, eu falei com ele (Miranda), ele foi lá e falou um montão de coisas. Eu recebo uma infinidade de pessoas que eu não conheço. 99% eu não conheço. E outra: tem algum recibo meu para ele? Foi consumado o ato? Nos dias seguintes aquilo foi retificado”, disse o presidente.

Ele afirmou que a Polícia Federal vai investigar a compra. “É lógico que a PF vai abrir inquérito”, disse.

Apesar disso, não confirmou se o contrato será mantido ou cancelado. “Tenho vários papeis. Um atrás do outro, quase dias consecutivos. Você pode fazer um papel errado. Não sei (se será mantido), tem que ver com o Ministério da Saúde”, disse a jornalistas.

Ao comentar o resultado da pesquisa Ipec para as eleições presidenciais de 2022, que indica vitória do ex-presidente Lula no primeiro turno, Bolsonaro voltou a defender o voto impresso.

“O Datafolha disse que eu não ia para o segundo turno. Se fosse, não ganharia de ninguém, nem do Cabo Daciolo. O que aconteceu? Por isso que nós queremos o voto auditável. Tem alguns que, lamentavelmente, do Supremo Tribunal Federal, fazem militância contra o voto auditável. Tiraram o Lula da cadeia, tornaram elegível, para quê? Elegê-lo presidente na fraude? Se o Congresso Nacional promulgar a peça do voto auditável da Bia Kicis, teremos eleições auditáveis no ano que vem. E ponto final”, disse o presidente.

O presidente ainda declarou que os R$ 2 bilhões para realizar o voto impresso na próxima eleição já estão reservados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. E, mais uma vez, direcionou ataques ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmando que ele mente ao dizer que a iniciativa representa a volta do voto de papel.

Apesar de Bolsonaro se referir ao voto impresso como “auditável”, especialistas apontam que as urnas eletrônicas usadas atualmente possuem diversas formas de auditagem, incluindo a realização de uma votação paralela fiscalizada no dia do pleito.

O presidente voltou a atacar jornalistas nesta sexta-feira ao ser questionado se participou das negociações da Covaxin, quanto será pago pela vacina se o contrato não for cancelado e sobre a convenção do Patriota. Nessas ocasiões, Bolsonaro respondeu que os profissionais deveriam voltar para “a faculdade”, “o ensino primário” e depois para “o jardim de infância”.

Mais tarde, o presidente participou da inauguração do Campus Conectado com 5G, também em Sorocaba. Estavam presentes também deputados e senadores, entre eles Gil Diniz, Jorginho Mello, Luis Carlos Heinze e Carla Zambelli, assim como os presidentes da Caixa, Pedro Guimarães, e do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro.

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