Aeronáutica e Polícia Civil do AM vão investigar fatores de acidente com paraquedistas, afirmam autoridades
16 de abril de 2022
Ana Carolina Silva e o advogado Luiz Henrique Cardelli. (Reprodução)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS — As condições meteorológicas e outros fatores que podem ter causado o desvio de rota e, posteriormente, a morte da paraquedista Ana Carolina Silva vão ser investigados pela Aeronáutica e Polícia Civil, segundo informou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Orleilson Ximenes Muniz. O corpo da paraquedista foi localizado na manhã deste sábado, 16, após uma tarde e noite de buscas. O advogado Luiz Henrique Cardelli, que saltou junto com Ana Carolina, ainda está desaparecido.
“As características meteorológicas que envolvem o salto vão ser apuradas pela Aeronáutica e pela Polícia Civil”, informou Muniz.
Na tarde dessa sexta-feira, 15, uma forte chuva com ventania caiu em Manaus, provocando alagamentos de vias e até mesmo desabamentos. A rápida mudança no tempo pode ter causado o acidente dos paraquedistas. Dos 14 que haviam saltado, quatro tiveram a rota de pouso alterada, dois conseguiram pousar às margens do Rio Negro, “de forma precária”, e os outros dois caíram na água.
O corpo da paraquedista foi identificado por familiares ainda na cabeceira da Ponte Jornalista Philippe Daou, na Zona Oeste de Manaus.
O voo com os paraquedistas partiu do Aeroclube do Amazonas e o corpo de Ana Carolina Silva foi encontrado em Cacau Pirêra, no Iranduba, região metropolitana de Manaus (AM) (Arte: Thiago Alencar/ Revista Cenarium)
Ainda segundo o comandante Muniz, da Aeronáutica, 74 agentes das forças de segurança estão empenhados nas buscas, com cinco embarcações. Além do Corpo de Bombeiros, a operação conta com agentes da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), com apoio do Departamento Integrado de Operações Aéreas (Dioa) e Secretaria Executiva-Adjunta de Operações (Seaop), Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e Marinha do Brasil. Também há a atuação do grupamento de drones dos bombeiros.
Autorização de voo
Em entrevista à Rede Amazônica, a diretoria jurídica do Aeroclube do Amazonas, de onde o voo com os paraquedistas partiu, na zona Centro-Sul de Manaus, Eliane Melo, explicou que as aeronaves que partem do local devem ter um plano de voo autorizado pelo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).
“Os atletas se reúnem e contratam o voo de forma particular. Eles têm um plano de voo e deve ser autorizado. Quem autoriza são os órgãos de controle que, no caso, é o Cindacta. Até então acredito que tudo foi feito”, disse ela, reforçando ainda que o Aeroclube é gestor do aeródromo. No local operam várias empresas de táxi aéreo e escolas de paraquedismo.
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