Afundamento em Maceió segue com velocidade de 0,7cm por hora; cidade está em alerta

A capital de Alagoas, Maceió, está em alerta por causa do afundamento (Gésio Passos/Agência Brasil)
Da Revista Cenarium Amazônia*

BRASÍLIA (DF) – No boletim mais recente, publicado às 18h de sábado, 2, a Defesa Civil de Maceió informou que a velocidade vertical de afundamento do solo é de 0,7cm por hora, a mesma do boletim anterior. Nas últimas 24 horas, foram registrados 11,8cm de deslocamento.

O afundamento ocorre, principalmente, no bairro Mutange, onde está localizada a mina número 18 de exploração de sal-gema pela empresa Braskem. A defesa civil informou que segue em alerta máximo pelo risco de colapso iminente da mina.

“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, reforçou o órgão. 

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Na madrugada de sábado, 2, um novo abalo sísmico, com magnitude 0,89 foi registrado a 300 metros de profundidade, havia informado a defesa civil mais cedo.

O abalo foi mais intenso do que o registrado na noite de sexta-feira, 1°, mas a Defesa Civil registrou uma diminuição na velocidade de afundamento de terra na mina 18, que desde a manhã passou a ser de 0,7cm por hora. Durante a semana, o afundamento chegou a 50cm por dia.

Maceió (AL) 02.12.2023, Bairros com risco de afundamento desocupados em Maceió. Minas da Braskem. Foto: Gésio Passos/Agência Brasil
Bairros com risco de afundamento desocupados em Maceió (Gésio Passos/Agência Brasil)

O problema ocorre, principalmente, na área do antigo campo de treinamento do clube de futebol CSA, no Mutange. Três sensores no local continuam apresentando alertas de movimentação.

Na sexta, 1°, a Braskem confirmou que pode ocorrer um grande desabamento na área. É possível também que a área da mina se acomode e estabilize o afundamento, segundo a empresa. 

Colapso

Desde o fim da semana, existe a expectativa por parte dos órgãos de Defesa Civil de que a cavidade da mina 18 entre em colapso a qualquer momento. A situação é mais grave nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro, que sofreram nos últimos abalos sísmicos devido à movimentação da Mina 18 da Braskem.

A prefeitura de Maceió declarou situação de emergência por 180 dias por causa do iminente colapso da mina 18, que pode provocar o afundamento do solo em vários bairros. A área já está desocupada e a circulação de embarcações está restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. O governo federal também reconheceu o estado de emergência na capital alagoana.

Em nota, a Braskem disse que continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, tomando as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências, e que a área está isolada desde terça-feira, 28. A empresa ressalta que a região está desabitada desde 2020.

“Referido monitoramento, com equipamentos de última geração, foi implementado para garantir a detecção de qualquer movimentação no solo da região e viabilizar o acompanhamento pelas autoridades e a adoção de medidas preventivas como as que estão sendo adotadas no presente momento”, disse a empresa.

(*) Com informações da Agência Brasil
Leia mais: Em Maceió, região de mina registra abalo sísmico mais intenso
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