Agência de Águas declara situação crítica de escassez hídrica em bacia do Pantanal


14 de maio de 2024
Agência de Águas declara situação crítica de escassez hídrica em bacia do Pantanal
(Foto: Agência Gov/Divulgação)
Davi Vittorazzi — Da Revista Cenarium

CUIABÁ (MT) — Em contraste com as enchentes do Rio Grande do Sul, a Região Hidrográfica do Paraguai, que fica no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, enfrenta uma seca severa. A situação crítica de escassez foi reconhecida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) nessa segunda-feira, 13.

A resolução aprovada declara a situação de escassez até 31 de outubro deste ano, fim do período seco normal na bacia do Paraguai, que pode ser prorrogada ou suspensa, a depender da evolução climática.

Segundo a ANA, a decisão foi tomada considerando ao atual cenário da região e por manifestações Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Serviço Geológico do Brasil (SGB), sobre a escassez hídrica estar mais agravada em comparação com anos anteriores.

Em abril deste ano, o nível do rio Paraguai alcançou o seu registro histórico mais baixo em várias estações de monitoramento ao longo de seu curso principal. A situação de escassez tem persistido desde o início deste ano na Região Hidrográfica do Paraguai.

O Pantanal é o bioma com a maior área úmida do mundo e tem mais 210 mil quilômetros quadrados (km²), sendo que 138 mil estão nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A área equivale a 15 milhões de campos de futebol. Todos os anos, o bioma sofre, em épocas de seca, com os incêndios florestais, que atingem a fauna e a flora.

Rio Paraguai em Cáceres (Éder Correia Salomão/Flickr)

Com o reconhecimento de situação crítica de escassez, o órgão pretende intensificar os processos de monitoramento hidrológico da Região Hidrográfica do Paraguai e identificar os impactos sobre usos da água. A Agência também pode propor medidas de prevenção e mitigação dos impactos em articulação outros setores. Uma Sala de Crise do Alto Paraguai foi instalada pela ANA como forma de compartilhar informações e auxiliar na tomada de decisões.

Impactos na zona urbana

A forte seca no Pantanal pode gerar impactos nas populações que vivem nas regiões urbanas próximas. Conforme a ANA, a situação desfavorável pode resultar em impactos aos usos da água, sobretudo em captações para abastecimento de água, em especial em cidades como Cuiabá e Corumbá (MS).

Além dos desabastecimentos nas cidades, a seca pode prejudicar a navegação dos rios, aproveitamentos hidrelétricos a fio d’água, além de atividades de pesca, turismo e lazer da região.

Leia mais: Estudo estima que 17 milhões de animais morreram em incêndios no Pantanal
Editado por Aldizangela Brito

O que você achou deste conteúdo?

VOLTAR PARA O TOPO
Visão Geral de Privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.