Alexandre de Moraes revoga efeitos de decreto que reduzia alíquotas de Impostos sobre Produtos Industrializados


16 de setembro de 2022
Alexandre de Moraes revoga efeitos de decreto que reduzia alíquotas de Impostos sobre Produtos Industrializados
Ministro do STF, Alexandre de Moraes (Rosinei Coutinho/STF/Divulgação)
Com informações do STF

BRASÍLIA – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a medida liminar em que havia suspendido a redução de alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre produtos de todo o País e que também sejam fabricados na Zona Franca de Manaus (ZFM). A decisão leva em conta que a norma posterior restabeleceu as alíquotas do IPI para 109 produtos fabricados na ZFM, o que faz com que mais de 97% do faturamento local sejam preservados.

Competitividade preservada

Na liminar deferida em agosto, o ministro considerou que o Decreto Presidencial 11.158/2022 ameaçava o polo econômico da ZFM já que a isenção de IPI é seu principal incentivo. Contudo, segundo informações do Ministério da Economia, o novo ato de 24/8/2022 (Decreto 11.182) garantiu a redução de 35% no IPI da maioria dos itens fabricados no Brasil e, ao mesmo tempo, preservou a competitividade dos produtos locais.

O novo decreto manteve as alíquotas do IPI para 109 produtos fabricados na ZFM, que se somaram a 61 produtos listados na norma anterior. A medida se deu após tratativas conduzidas pela Superintendência da Zona Franca com os principais atores regionais, visando afastar os impactos da redução tarifária sobre o modelo de desenvolvimento regional definido pela Constituição Federal para o polo industrial.

Constitucionalidade dos atos

A decisão foi tomada em três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 7153), ajuizadas pelo partido Solidariedade e ADIs 7155 e 7159 do Governo do Amazonas), contra os três decretos presidenciais anteriores (Decretos 11.047, 11.052 e 11.055/2022) que trataram do mesmo tema. As partes alegam que os decretos não teriam observado a seletividade imposta pela Constituição ao IPI e alterariam completamente o equilíbrio na competitividade do modelo econômico da ZFM.

Leia a decisão na íntegra:

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